Ainda este mês, a Direção Regional de Saúde deverá chamar a população em geral, com idade superior aos 18 anos que ainda não foi vacinada, para receber a AstraZeneca. Depois de administradas as segundas doses, a Região deverá ficar com um excedente desta vacina na ordem das seis mil mil doses e, nesse sentido, poderão ser vacinados mais três mil residentes. A novidade foi avançada ao nosso jornal por Herberto Jesus. O diretor regional de Saúde explicou que o número exato de vacinas desta marca que deverá sobrar será apurado, mas “na próxima semana ou seguinte, teremos esse aspeto definido”, mas não deverá fugir muito do número apontado.

Lembrando que a Agência Europeia do Medicamento aconselha esta vacina para pessoas a partir dos 18 anos, a ideia da Saúde é aproveitar mais esta oportunidade para acelerar o processo de vacinação da população. “É um extra muito importante para estarmos protegidos o mais rapidamente possível”, acentuou o responsável.

A Região tem conseguido acelerar a vacinação. Atualmente, estão a ser administradas 23 mil inoculações por semana. “dependendo da disponibilidade de vacinas, o nosso objetivo é atingir 25 mil inoculações por semana”, explicou ainda, lembrando que “depende da disponibilidade das vacinas enviadas pela ‘task force’ nacional.

Por outro lado, refira-se que a população com mais de 30 anos está já a ser chamada para ser vacinada, depois de a Saúde regional ter aberto o processo á faixa etária dos 40-50 anos. Herberto Jesus lembrou a estratégia que tem sido seguida na Região, tendo sido dada prioridade aos grupos mais vulneráveis e aos grupos profissionais considerados de risco, o que envolveu pessoas de diferentes idades. “Entretanto, com o maior número de vacinas disponível, que pretendemos ter muito mais, estamos a descer cada vez mais nas idades, para vacinar o mais rápido possível”, disse. “Estamos agora numa postura mais aberta de praticamente vacinar todas as pessoas. Isso é importante”. Herberto Jesus comentou ainda que a Região tem capacidade instalada, de recursos humanos, de espaço e de armazenamento. A questão é o número de vacinas: “As vacinas continuam a chegar, mas continua a haver uma certa dificuldade da nossa parte, porque nós só sabemos da quantidade do próximo mês praticamente no fim do mês anterior, para gerirmos o processo”.

Por Paula Abreu