O deputado Paulo Neves confrontou, hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros a propósito das listas dos países que exigem quarentena aos turistas que regressam da Madeira, considerando injusto que a Região "não tenha recebido de imediato um tratamento excecional em relação à posição do Reino Unido e mais recentemente em relação à Alemanha".

"Estas decisões, por parte dos governos europeus, têm um enorme impacto económico e é preciso atender ao trabalho excecional que, na Região, foi desenvolvido tanto no combate quanto na contenção da pandemia" disse, esta manhã, o deputado, na sua intervenção na Assembleia da República, lembrando que "a Madeira foi classificada como a Ilha europeia mais segura para passar férias e o Porto Santo a segunda".

"É injusto não considerar este facto na hora de elaborar as listas", vincou, sublinhando que a política externa é da responsabilidade do governo da República e deve ser também o governo da República a defender os interesses particulares da Madeira. "Felizmente que o Reino Unido recuou em relação à Madeira. Mas a Alemanha ainda não e, por isso, é fundamental que existam critérios justos e lógicos na elaboração das listas por parte dos países europeus", reforçou.

Recorde-se que o deputado madeirense assinou recentemente um documento que obrigou o ministro a ir ao Parlamento, nesta quarta-feira, esclarecer dúvidas dos deputados.