Tanto a presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, como o presidente da Câmara Municipal da Calheta mostraram hoje a sua indignação em relação ao encerramento dos balcões do Santander nos Canhas e na Ponta do Pargo.

No final da reunião da AMRAM de hoje, Célia Pessegueiro disse aos jornalistas que quer ainda "acreditar" que seja apenas uma proposta e não uma decisão final.

Confirmando que teve a informação de que o balcão dos Canhas iria fechar na passada sexta-feira, a autarca revelou que enviou, logo a seguir, um email ao responsável pela zona Sul e Ilhas, o madeirense Vítor Calado, para mostrar a sua preocupação e solicitar a marcação de uma reunião em relação a este assunto.

"A zona dos Canhas é uma zona com intensa atividade comercial, com muitas idosas que continuam a tratar diretamente no balcão das suas atividades, mas também para as empresas com os depósitos diários. A possibilidade de encerramento é um transtorno enorme", afirmou Célia Pessegueiro, salientando que elencou uma série de argumentos por forma a que a instituição bancária volte atrás na decisão.

Também Carlos Teles, presidente da Calheta disse estar "muito preocupado" com o encerramento do balcão do Santander na freguesia da Ponta do Pargo.

O autarca disse que, também ele, assim que soube da notícia, entrou em contacto com a administração do banco para conseguir reverter a decisão.

"Pelo nosso ponto de vista, a Ponta do Pargo a freguesia está neste momento em pleno crescimento e desenvolvimento", afirmou Carlos Teles, recordando que a via-expresso está a chegar ao centro e a própria autarquia está a registar no presente uma grande procura de terrenos para investimentos.

"Nós achamos que esta é uma altura errada para encerrar o balcão da Ponta do Pargo", declarou, recordando que, do ponto de vista social, o encerramento do balcão terá também um grande impacto na freguesia.

Lúcia M. Silva