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Governo Regional ‘desbloqueou’ hoje tranche de 120 mil euros para a Universidade da Madeira

JM-Madeira

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Data de publicação
16 Junho 2021
17:15

"Tem sido tudo arrancado a ferros", no que concerne às solicitações ou exigências da Região relativamente ao Governo Central, como é o exemplo da necessidade de maior financiamento para a Universidade madeirense ou o facto de ser a Madeira a suportar o combate à covid-19 no arquipélago.

O desabafo foi feito hoje pelo vice-presidente do Governo Regional, na cerimónia de apresentação do 3º ano do ciclo básico de Medicina na Universidade da Madeira, em parceria com a Faculdade de Medicina de Lisboa.

Pedro Calado deu exemplos da "luta inglória" que tem sido travada, mas a realidade é que, na maior parte dos casos, tem sido a Região a suportar algumas medidas até relacionadas com a academia madeirense, uma vez que "o ensino superior não está regionalizado". A título de exemplo, o governante disse que 18 professores destacados por parte do Governo Regional na UMa estão a ser pagos pela Região, num montante anual de mais de um milhão de euros. É também a Região que suporta o Passe Sub23, quando deveria ser o Estado.

Para além disso, o executivo dá um apoio anual de 500 mil euros à academia, estando ainda em "vias de formalizar" o protocolo com a UMa e o Governo da República para o prolongamento do polo de ensino superior na Região, como tem sido defendido, disse. Relativamente ao apoio anual, esta manhã foi desbloqueada uma tranche de 120 mil euros, como posteriormente revelou o reitor da UMa, Sílvio Fernandes.

O governante denunciou, por tudo isto, "a falta de reconhecimento nacional pelo trabalho que a Universidade da Madeira tem vindo a fazer", queixando-se da falta de equidade no tratamento dos universitários na Região. "A Universidade da Madeira tem 3.100 alunos, mais 700 do que a Universidade dos Açores. Nós recebemos menos 5 milhões de euros anuais em relação aos Açores. Estamos a falar de uma disparidade de financiamento por aluno de quase 3.200 euros a menos relativamente aos Açores", contabilizou. A seu ver, é preciso rever a lei de financiamento do ensino superior.

Disse ainda que a Madeira quer preparar quadros para o futuro hospital do Funchal, o que passa pela universidade madeirense e pelo curso que terá o terceiro ano na Região no próximo ano letivo.

Por outro lado, Pedro Calado lembrou a aprovação, hoje, do Plano de Resistência e Resiliência para Portugal, afirmando que também a este nível, a Região muito teve de lutar para ter acesso a 4% do montante global. "Lá fizeram o favor de nos destinar 4%", comentou. Dos 261 milhões de euros, 105 milhões serão para a Saúde.

Também Pedro Ramos, secretário regional de Saúde, destacou a importância da formação na Madeira, lembrando todo o percurso para a sua concretização, de uma ideia que nasceu em 2004. Este é "um projeto de interesse regional e nacional", enfatizou.

Por seu turno, o reitor da UMa reconheceu as dificuldades de financiamento e de investimento, mas sensibilizou os governantes para a importância de se apostar cada vez mais na Investigação e Desenvolvimento na Madeira, esperando que a UMa e o curso de Medicina ajudem nesse sentido.

Saliente-se que o 3º ano do curso foi apresentado por Ivo Furtado, presidente da Faculdade de Ciências da Vida da UMa, que salientou que estarão envolvidos no próximo ano letivo, 50 médicos de diferentes especialidades na formação dos alunos.

Fausto Pinto, diretor da Faculdade de Medicina de Lisboa, reconheceu o "bom exemplo" da Madeira na aposta na vinda do curso para a Região, sendo que a capacidade de fixação dos alunos está a ser alcançada.

Paula Abreu

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