A diretora regional de Informática desmistificou, perante uma plateia de meia centena de estudantes, a ideia de que um hacker é somente
um criminoso, apresentando-o também como a possibilidade de ser um profissional que ajuda a manter em segurança os sistemas informáticos que facilitam e melhoram a qualidade de vida das populações.
Como era do conhecimento de todos, aceder a informação sem consentimento para tal é um crime, punível por lei com penas que vão desde a prisão e multas a perdas de bens. O que nem todos sabiam, e foi um momento de grande surpresa para a generalidade dos jovens, é que a própria Direção Regional de Informática (DRI) emprega hackers e dois deles – Nuno Perry e Marco Ascensão – estavam na sala e falaram com eles naturalmente, como profissionais que são na área da cibersegurança.
Segundo Andreia Collard, o hacker dedicado à cibersegurança evita ataques virtuais que possam comprometer a segurança de empresas e dos governos dos países de todo o mundo, tem a responsabilidade por manter e garantir a proteção de dados privados dos cidadãos, identifica vulnerabilidades de segurança em softwares, sistemas e dispositivos mal configurados, redes, ausência de sistemas de segurança e recomenda medidas de cibersegurança.
A diretora regional abordou os vários tipos de hacker existentes, nomeadamente, white, grey, black e blue hat, elite, newbie, phreaker (especializado em telefonia digital), hacktivist e hackers profissionais que trabalham para governos ou serviços estatais.
No sentido de apontar saídas académicas e profissionais aos estudantes que queiram seguir carreira na área, referiu cursos como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação, Defesa Cibernética, Engenharia da Computação, Engenharia de Software, Gestão da Tecnologia da Informação, Redes de Computadores, Segurança da Informação, Sistemas de Informação e Sistemas para Internet.
Hoje, a Semana Europeia da Juventude terá dois momentos. No Centro de Juventude do Funchal, entre as 9h00 e as 12h30, terá lugar o workshop de ‘Fotografia aplicada às redes sociais’, e no Zoom, entre as 15 e as 16h30, haverá o webinar ‘Estágios e Formação na Europa’, a um clique de distância.
Por Iolanda Chaves