Machico

O presidente da Câmara Municipal de Machico disse, ontem, não compreender “a dificuldade do Governo Regional em ser solidário” com aquele concelho. Ricardo Franco, que falava na sessão solene comemorativa do dia do Município (581 anos), que decorreu no Museu da Baleia, no Caniçal. “Aguardamos pela solidariedade e apoio do Governo e igualdade de tratamento, como tem acontecido com algumas Câmaras da Região!”, acrescentou o autarca socialista. No entender de Ricardo Franco, dificilmente se aceita que não haja por parte do Executivo madeirense, uma atitude pelo menos idêntica à verificada com o concelho de São Vicente. O autarca, que se referia aos estragos provocados pelo mau tempo no início de janeiro deste ano, realçou que após quatro meses e de ter sido entre, em mãos, ao secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas e, posteriormente, ao vice-presidente do Governo, o relatório com o levantamento dos prejuízos – 4 milhões de euros- ainda não chegou qualquer resposta a confirmar se o Governo vai ou não apoiar financeiramente o Município na recuperação desses estragos.

Numa sessão solene que não registou a presença de qualquer entidade governamental, Ricardo Franco falou do presente e do futuro.

“No âmbito daquilo que nos tem caracterizado nos últimos anos, demos continuidade à política de desagravamento fiscal beneficiando a população, em especial as famílias mais desprotegidas”, disse. Exemplo disso, prosseguiu, “é o IMI que, desde 2014, está na taxa mínima”. Foi ainda implementado o IMI Familiar que permite a dedução daquele imposto até 70€ aos agregados com dependentes a cargo; e ainda a devolução aos agregados familiares de 20% do valor da participação variável do IRS a que o Município em direito.

“Continuaremos com a ajuda às escolas e os apoios às instituições culturais, recreativas, sociais e desportivas do concelho, porque representam a alma e a vitalidade da sociedade machiquense, seja na promoção do lazer, da cultura e da música, cujo papel é fundamental na formação estrutural e qualitativa das nossas crianças e jovens”, referiu também. Falou dos apoios às juntas de freguesia e, no que concerne às finanças do Município, afirmou que a Autarquia tem prosseguido com o trabalho de consolidação das, que têm na redução da dívida um vetor fundamental que permitirá, cada vez mais, uma maior capacidade de investimento e de melhoria progressiva da qualidade de vida dos nossos munícipes. Neste momento, a dívida da Câmara Municipal (envolvendo empréstimos bancários e acordos de pagamento a fornecedores), está no valor de 1,5M de euros, representando uma redução de 95% da dívida encontrada quando Ricardo Franco chegou à Autarquia. Quando falava das diversas obras no concelho, destacou a o cemitério do Porto da Cruz, referindo que a Autarquia iniciará em breve , a demolição de algumas estruturas de betão danificadas, a começar pela caixa do elevador e outras. ?

Carla Ribeiro