Miguel Albuquerque e a sua equipa de governo vão reunir-se previamente para avaliar a evolução da pandemia da covid-19 antes de ser tomada a decisão de aligeirar, ou não, as medidas restritivas previstas até ao dia 26 de abril.

Fonte do Governo adianta que a reunião do presidente com os secretários regionais poderá acontecer no domingo, dia 25, ou até no dia seguinte – ainda não está definido – e vai servir para analisar a progressão dos novos casos de covid-19, os processos de vacinação e testagem, além de verificar o impacto que o regresso das aulas está a produzir.

A esta distância, ainda não é certo que na segunda-feira, dia 26, possa haver um aligeiramento das medidas, mas essa possibilidade também não está colocada de parte, segundo nos informaram. Tudo irá depender da forma como esta semana decorrer e, por isso, os próximos dias serão decisivos para a tomada de decisão.

Se tudo prosseguir de forma favorável e houver a decisão de reduzir as restrições, a reabertura do que está condicionado ou fechado será feita de forma “progressiva e ponderada”.

Mas, para já, estará posta de parte a possibilidade de o processo acontecer a várias velocidades, ou seja, de haver territórios que não desconfinam enquanto outros reabrem.

A experiência da cerca sanitária em Câmara de Lobos, em 2020, causou um impacto que o executivo de Miguel Albuquerque quer evitar. Assim, ao abrir deverá ser para toda a Madeira.

Uma das medidas que mais constrange a atividade dos madeirenses é o fecho antecipado do comércio e o recolher obrigatório, que se mantém há meses.

De acordo com fonte do Governo, não está previsto para já acabar com o recolher obrigatório, mas há a possibilidade de ele ter início mais tarde. Não é sabido ainda para que horas pode passar a vigorar o recolher.

Além do impacto no comércio, em particular nos bares e restaurantes - com tudo o que isso representa para os turistas que nos estão a visitar -, o recolher obrigatório tem gerado dificuldades de as famílias madeirenses conseguirem fazer deslocações ao supermercado, porque muitos dos que se mantêm a laborar ou fazem as compras na hora de almoço ou fazem-nas ao fim-de-semana, quando há maiores aglomerados, uma vez que à hora em que terminam o trabalho os supermercados estão também a fechar.

Apesar de o Governo mostrar sensibilidade para estes constrangimentos, ao JM fonte do Executivo lembra que é preciso ter “muito cuidado” com o processo de reabertura, sob pena de colocar em causa o esforço que os madeirenses vêm fazendo para conter o avanço da pandemia.

O Governo não quer “arriscar um milímetro” a saúde das pessoas, refere.

A reabertura será “gradual”, mas ainda não há uma programação totalmente definida.

Não se sabe, por exemplo, se será apresentado um plano de reabertura faseado como sucedeu no continente, em que foram apontadas datas para o desconfinamento, ou se será adotado outro modelo. Os próximos dias poderão ajudar a elucidar.

Por Alberto Pita albertopita@jm-madeira.pt