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AstraZeneca interdita a menores de 60 anos

JM-Madeira

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Data de publicação
09 Abril 2021
5:00

A vacina da AstraZeneca vai ser administrada na Madeira somente a pessoas com mais de 60 anos. Uma decisão tomada ontem pela Direção Regional de Saúde (DRS) no seguimento da recomendação feita pelas autoridades de saúde ao nível nacional e seguindo a decisão de mais de uma dezena de países, que introduziram também restrições etárias a esta vacina.

Esta alteração, de acordo com nota emitida pela DRS, não terá impacto no programa de vacinação contra a covid-19 agendado para os próximos dias. Para hoje, a campanha de vacinação irá manter-se nos Centros de Vacinação concelhios de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Funchal, tal como programado. No entanto, quem estiver abaixo desta faixa etária será inoculado com fármaco de outro fabricante.

No foi, para já, o caso dos professores e pessoal não docente das escolas da Região, que foram ‘comtemplados’ com a vacina da AstraZeneca.

"Se antes da vacinação os professores já estavam ansiosos e apreensivos, agora estão muito mais." As palavras são de António Pinho, presidente do Sindicato Democrático dos Professores da Madeira, que, embora com algumas "reservas em emitir uma opinião" em relação a este assunto, considera que houve "uma precipitação em retomar a vacinação com a AstraZeneca".

Na sua opinião, seria mais lógico aguardar "mais algum tempo para realmente os entendidos na matéria tomarem uma decisão em relação aos efeitos secundários" que possam surgir. Por isso, e depois de esta vacina ter sido suspensa e "depois ter sido retomada", afirma que esta situação é "uma trapalhada", até porque "não se percebe exatamente o que está na origem de tudo isto".

Outra queixa que tem chegado ao Sindicato Democrático dos Professores da Madeira prende-se com o facto de a legislação não prever as reações adversas após a toma da vacina, levando muitos professores a mostrarem a sua indignação por não saberem como justificar as faltas. "Ou metem artigos, ou, em última instância, se for prolongado, metem baixa".

Arma eficaz contra a doença

É importante reforçar que a vacinação é a arma mais importante para a proteção contra a doença. No entanto, muitas questões têm se levantado em torno desta vacina, nomeadamente a sua eficácia e efeitos secundários e adversos a menores de 60 anos. Por isso, "a Direção-Geral da Saúde recomenda, até estar disponível informação adicional, a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 60 anos. O plano de vacinação é ajustado para garantir que todas as pessoas são vacinadas com a vacina que protege", afirmou Graça Freitas.

Vários países já decidiram, entretanto, traçar limites e não administrar a vacina da AstraZeneca abaixo de certas idades por uma questão de segurança: 30 anos no Reino Unido, 55 anos em França, Bélgica e Canadá, 60 anos na Alemanha, Itália e nos Países Baixos ou 65 anos na Suécia e na Finlândia.

Já ontem, a Austrália e as Filipinas juntaram-se à lista de países que estão a suspender a administração da vacina contra a doença covid-19 da AstraZeneca à população mais jovem, devido a preocupações relativamente à formação de coágulos sanguíneos.

Na quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou uma "possível ligação" entre a vacina da farmacêutica AstraZeneca e "casos muito raros" de formação de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.

Carla Sousa

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