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Valorizar as especificidades locais e trabalhar em rede são desafios da Escola

JM-Madeira

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Data de publicação
18 Fevereiro 2023
15:05

Valorizar as especificidades do meio, sabendo transformar dificuldades em oportunidades e garantindo que, em rede e com recurso a outras instituições, designadamente as instituições de Ensino Superior, a Escola possa vir a ser reajustada na sua oferta de formação profissional, em função das necessidades locais identificadas, foram algumas das conclusões do encontro realizado no âmbito do tema da Educação do "Compromisso 2030", em Santana, sob o mote "Educação: onde estamos? Onde queremos chegar?", envolvendo a participação de cerca de três dezenas de representantes da comunidade educativa local, entre professores, diretores de escola e pais.

Conclusões que, conforme explica o coordenador para esta área, José Miguel Sousa, apontam, essencialmente, para a necessidade de maximizar o potencial existente no sistema educativo integrado na zona norte da Ilha, onde existem características próprias que diferem de concelhos mais urbanos.

"Sendo certo que a desertificação e a baixa taxa de natalidade foram preocupações abordadas neste encontro, também importa dizer que são muitas as ideias que existem para contornar esta dificuldade e atrair mais jovens para a escola e para o concelho", frisou, exemplificando a possibilidade de serem estabelecidas parcerias com instituições de formação profissional, empresas ou com a Universidade da Madeira, "de modo a que, em rede, a escola possa oferecer formação mais ajustada à localidade, designadamente, no caso de Santana, em áreas como a agricultura e/ou o turismo".

Paralelamente, prossegue, "foi referido que também seria importante que as Escolas desenvolvessem o trabalho colaborativo entre si, permitindo intercâmbios regionais entre alunos e professores", para além de ter sido também mencionada a necessidade de uma maior disponibilidade de alguns recursos locais, como por exemplo a Casa da Cultura, para atividades educativas, o que podia levar a uma maior ligação entre a comunidade educativa e o mercado laboral, de modo a que os alunos tivessem, à priori, maior conhecimento da realidade.

Os presentes foram unânimes em referir que, em Santana, existe qualidade na educação pública. Ainda assim, conforme referiu um dos participantes, "a Escola deve afirmar-se, efetivamente, como um farol, tem de ir à frente, defender princípios humanistas, até porque, hoje, já não se quer o professor apenas a debitar matéria, mas a guiar, a puxar o aluno para cima, não somente os mais fracos".

Refira-se que, nesta temática, a auscultação no âmbito do "Compromisso 2030" está a ser desenvolvida localmente e de forma concelhia, sendo que, depois de Câmara de Lobos e Machico, foi a vez de ouvir a comunidade educativa do concelho de Santana.

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