"Temos na Câmara Municipal da Calheta alguns serviços encerrados, nomeadamente a tesouraria, temos também na Câmara de Santa Cruz vários serviços que estão a funcionar muito condicionados e também com encerramento total".

As palavras são de Alexandre Fernandes, proferidas sensivelmente pelo meio-dia, num balanço parcial ao dia de greve que o País vive nesta sexta-feira, direcionada para todos os setores das Administração Pública, local, regional e também central, bem como ainda para as empresas públicas

O coordenador a USAM foi um dos dirigentes sindicais que se concentrou junto à estátua de João Gonçalves Zarco no Funchal, referindo que as razões se prendem com "as questões que são sobejamente conhecidas, sobretudo, e em primeiro lugar com a necessidade das atualizações salariais, urgente face às atuais dificuldades que os trabalhadores enfrentam".

"Aqui, na Câmara do Funchal, nos serviços de remoção só não foi possível deixar de haver recolha no serviço noturno porque alguma parte da recolha está concessionado aa uma empresa externa que faz prestação de serviço e essa mesma empresa fez o trabalho noturno, o que condicionou o efeito da greve que era, naturalmente, condicionar a recolha noturna", acrescentou ainda Alexandre Fernandes.

O dirigente sindical reconhece que "a adesão não é muito grande", mas que, ainda assim "temos sectorialmente temos de facto alguns setores com fortes adesões, vários serviços encerrados, temos também uma série de serviços que estão condicionados.

Explica que a adesão não tinge os níveis desejados, com um acumulado de manifestações ao longo do ano. "Para a greve específica do dia de hoje ficamos condicionados por um conjunto de lutas que, entretanto, ao longo do mês de março já decorrerem, quer no setor da Educação quer também no setor da Saúde, o que fechou, de certa forma, a possibilidade de muitos trabalhadores que hoje teriam muita vontade de se associar à greve, mas já com dias de greve já feitos este mês, e sabendo que o salário não estica e as dificuldades são muito grandes, mais um dia de greve lhes iria condicionar fortemente a sua disponibilidade", explanou.

"De qualquer das formas", vinca, "há muitos serviço com uma mensagem positiva e muitos dos trabalhadores dizem-nos que os motivos para a greve estão bem presentes, mas que pela dificuldade financeira que apresentam, não aderem à greve".

David Spranger