De férias na Madeira, Irina faz parte do grupo de 189 turistas ucranianos que foram surpreendidos pela invasão russa durante as férias na Madeira. Vivendo a guerra à distância, Irina escolheu adiar o regresso ao seu país.
A história é relatada pelo jornal Expresso e explica que a turista tem, na Ucrânia, um filho de seis anos e a mãe, que vivem em Donipro. "Estão bem, têm tudo pronto, estão numa cave com as malas feitas e com o carro preparado", averbou Irina ao jornal Expresso. Afirma que a família ainda não arriscou fazer-se à estrada. "Não há garantias, há longas filas, nem é seguro" e, por isso, por enquanto, a solução é esperar.
Irina, de 37 anos, que aproveitou a ligação direta Kiev-Funchal para duas semanas férias na Região, garante que, por agora, vai ficar na ilha. "Não tenho maneira de chegar a casa, fica a 700 quilómetros da fronteira da Polónia", sustentou.
Cinco famílias querem ficar na Madeira
"Até ao momento, das pessoas com quem falámos, há cinco famílias que querem ficar na Madeira e até estão a ponderar pedir o estatuto de refugiados", afirmou ao Expresso Olesya Zhmak, ucraniana a residir no arquipélago há três anos.
A ucraniana diz que a maioria quer regressar. "O operador turístico responsável encontrou um voo para Vilnius, na Lituânia, e disseram-nos que o avião estava cheio". A mesma publicação refere que o avião parte do aeroporto Cristiano Ronaldo para a capital lituana às oito da noite deste sábado.
No entanto, o Expresso aponta que antes terá ainda lugar uma reunião entre operador, governo e agentes de viagens para apurar quem fica e quem vai e para saber que apoios precisam, tanto os turistas, mas também a comunidade ucraniana a residir na Região.