O secretário regional da Economia assegurou hoje que o Orçamento da Região para 2023 vai dar respostas às adversidades que surgiram com as crises resultantes da pandemia e da guerra na Ucrânia.
À margem de uma visita à loja 'Padel Madeira', no Caniço, Rui Barreto elogiou o aproveitamento da oportunidade que levou à criação deste estabelecimento e vincou que tal acontece porque há "confiança e estabilidade" para os empresários e investidores.
"Todos os indicadores económicos são positivos. O valor acrescentado bruto, os excedentes brutos de exploração das empresas, até a redução do passivo. Todos os indicadores económicos estão no verde. Devemos salientar isso. Ou, pelo menos, não devemos disfarçar as realidades apresentadas por entidades idóneas como a Direção Regional de Estatística, o INE, o Eurostat, e tantas outras", disse o governante, antes de assumir que há, todavia, desafios por ultrapassar, vincando a invasão da Ucrânia.
"Tivemos [União Europeia] de aplicar sanções [à Rússia] e essas sanções estão a criar consequências. Estamos a constatar que não há guerras grátis. A Europa perdeu autonomia energética, e com um conjunto de sanções estamos a ter aumento dos custos energéticos. Perdemos autonomia nos cereais e temos de encontrar respostas. E vamos ver isso no Orçamento que vai ser entregue hoje à tarde", assegurou.
"Nós criámos uma reserva de cereais porque queremos proteger a indústria da panificação e minimizar os efeitos negativos da subida dos cereais. Apoiamos nos combustíveis, porque estes estão mais caros e por isso criamos um programa extraordinário de apoio. Vamos combinar o aumento dos salários com uma redução do IRS, vão ser devolvidos cerca de 17,5 milhões de euros às famílias no próximo ano. Temos a fiscalidade mais baixa para as empresas. E vamos continuar a apostar no social porque, em situações destas, há sempre quem fique no limiar da dignidade humana e isso é algo que temos de garantir."
Marco Milho