O RIR – Reagir, Incluir, Reciclar manifestou, em comunicado, a sua profunda preocupação perante o que diz ser “as inúmeras irregularidades e suspeitas de fraude eleitoral” registadas em diversos pontos do país durante o recente ato eleitoral.

“Chegaram ao conhecimento do RIR ocorrências graves em várias mesas de voto, nomeadamente diferenças entre o número de votantes e de votos contabilizados, boletins de voto antecipado anulados e colocados irregularmente nas urnas, e outros procedimentos que colocam em causa a transparência do processo democrático”, refere.

O partido diz que casos reportados em Vila Real de Santo António, Monte Gordo, Vila Nova de Cacela, Loulé, Seia, Caldas da Rainha, entre outros locais, “evidenciam falhas estruturais num sistema eleitoral manual e vulnerável, que depende excessivamente da intervenção humana e abre espaço a erros ou manipulações”.

Perante este cenário, o RIR considera urgente repensar o modelo eleitoral português.

“Portugal precisa de um sistema moderno, seguro e transparente, capaz de garantir a confiança dos cidadãos e de restaurar a credibilidade dos atos eleitorais. O voto eletrónico, devidamente auditado, encriptado e verificável, representa o caminho inevitável para uma democracia mais sólida, participativa e justa”, indica.

O RIR afirma que, com as devidas garantias de segurança e anonimato, o voto eletrónico permitirá ainda reduzir significativamente a abstenção, tornando o processo mais acessível, simples e inclusivo — sobretudo para os jovens e para os portugueses residentes no estrangeiro.

O RIR apela à Comissão Nacional de Eleições e ao Governo para que abram de imediato um debate nacional sobre a implementação do voto eletrónico, envolvendo especialistas independentes, universidades e a sociedade civil.

“A confiança dos cidadãos na democracia constrói-se com transparência, rigor e inovação. O tempo do voto eletrónico em Portugal chegou”, remata.