PTP defende crédito habitação 'bonificado' e acusa o Governo de falhar nesta matéria.
"O PTP, em reação ao pacote de medidas anunciado pelo Primeiro Ministro para a Habitação, diz que António Costa "perdeu o juízo". Para o PTP, as medidas são populistas, vão trazer poucos resultados e não resolvem aqueles que são os verdadeiros problemas da habitação. Como é o caso dos baixos salários, da incapacidade de competirmos com o investimento estrangeiro e o risco associado ao arrendamento para os proprietários. Além, do custo absurdo do crédito habitação. Os trabalhistas lembram que o país não é só Lisboa e o Porto. A realidade do restante território é bem diferente, frisam. Não é perseguindo os proprietários e a diabolizar o Alojamento Local que vamos resolver o problema. Estes não são grandes capitalistas, mas os fundos imobiliários e as grandes cadeias de hotéis são. Mas nisso o Governo teve medo de tocar", realça o partido.
"É preciso recordar que foi graças ao AL que se reabilitou centros históricos e urbanos, a custo zero para o Estado e criou-se uma nova fonte de rendimento no nosso país, que cria milhares de postos de trabalho, relembrou o partido. Não se pode dizer agora a quem investiu, fechem a porta. O Governo está a causar uma grande instabilidade na economia portuguesa", continuam.
"Estamos abrir um precedente perigoso, porque se vale tudo para aumentar a oferta de habitação em Portugal, o que virá a seguir?", questiona o PTP.
"Se o objectivo é aumentar a oferta de habitação, vamos também proibir a construção de prédios nos centos urbanos que não sejam destinados à habitação? Vamos proibir as construções de apartamentos de luxo? Vamos proibir a construção de novos hotéis e obrigar os hoteleiros a promover a habitação? O princípio e o objectivo é o mesmo", sublinha Raquel Coelho.
"Para o PTP, o Governo se quer ser sério, deve sim, promover crédito habitação bonificado, criar incentivos para o arrendamento de casas vazias, dar mais segurança aos proprietários na lei do arrendamento, construir habitação social e a custos controlados, assim como, residências universitárias e limitar a venda de habitação a estrangeiros".