O Grupo Parlamentar do PSD acusou, hoje, o PS daquilo que considera ser mais uma "traição" para com a comunidade venezuelana e estrangeira que escolheu a Região e o país para viver.
Na base destas críticas está o chumbo socialista do diploma que, segundo o PSD, tinha por objetivo "garantir que estes cidadãos possam tratar da sua documentação em Portugal, seja renovação de residência ou nacionalidade, mesmo que o seu título de viagem esteja caducado".
Numa iniciativa junto à Assembleia Legislativa da Madeira, o deputado Carlos Fernandes afirmou que, a ser aprovado, este diploma teria um grande benefício para a comunidade venezuelana que é, neste momento, é a maior comunidade estrangeira a viver na Madeira e que encontra grandes dificuldades em renovar o seu passaporte.
Lamentavelmente, realçou o deputado, "esta é uma realidade que parece não interessar ao Partido Socialista da Madeira", referindo que, "numa iniciativa em que se esperava consenso na Assembleia da República e que teve o apoio de todos os outros partidos, foi uma socialista, eleita pela Região, quem liderou o voto contra".
Trata-se também de um chumbo que, no entender do deputado, conta com o "silêncio cúmplice da liderança do PS-M e do Secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, que até agora não se pronunciaram sobre esta matéria".
Pelo contrário, afirmou, "o Partido Socialista da Madeira fez tudo o que pôde para conseguir chumbar, mesmo sabendo que poderia ajudar milhares de venezuelanos que não têm, neste momento, nacionalidade portuguesa, mas vivem na Região, mas também os outros milhares de venezuelanos e estrangeiros que vivem no restante território nacional".
Nesse sentido, o PSD reitera que este diploma foi chumbado porque o Partido Socialista da Madeira assim quis, "porque continua de costas voltadas para quem procura o nosso país à procura de melhores condições de vida".
"Nós vamos continuar a denunciar esta situação e sobretudo vamos manter-nos ao lado de aqueles que escolheram a Madeira como a sua casa e faremos o nosso melhor para procurar soluções que melhorem a sua vida em Portugal e na nossa Região", disse Carlos Fernandes.
Redação