Sérgio Gonçalves, do PS, entende que os valores de Abril "não atingiram o seu pleno significado e abrangência" na Madeira. O socialista focou grande parte da sua intervenção na sessão comemorativa do 25 de abril no parlamento madeirense, em fazer críticas a várias medidas ou falta de medidas do governo de Miguel Albuquerque.

"Por cá, a democracia e a liberdade estão longe de ser aquelas com que os obreiros de abril sonharam e vivem aprisionadas sob o jugo de um governo regional com tiques absolutistas e de uma maioria parlamentar PSD/CDS que, por várias vezes, já confessou estar aqui apenas para defender o executivo e não os madeirenses e os porto-santenses", disse.

Ao longo da sua intervenção, disse que a oposição é frequentemente desrespeitada no parlamento pela maioria, recordando os chumbos às propostas apresentadas. "Lamentavelmente, onde a democracia devia ser mais respeitada é onde mais vezes é atropelada", deplorou.

Sérgio Gonçalves sublinhou ainda que o PSD governa há quase 50 anos na Madeira, "já teve mais tempo do que suficiente para mostrar aquilo que vale, e isso está à vista de todos", apontando os problemas que persistem na Região.

A finalizar, afirmou que "estamos diante de um governo regional que já demonstrou que é incapaz de encontrar soluções para os problemas dos madeirenses. Um governo que prometeu e não cumpriu, mas que agora recorre à mesma propaganda com o objetivo de voltar a enganar as pessoas"

Assim, entende que a Região "merece mais e melhor".

"Está nas nossas mãos fazer cumprir Abril verdadeiramente e fazer prosperar os valores da liberdade e da democracia na nossa região. Está nas nossas mãos abrir as portas que abril não abriu. É tempo de dar ao PS a oportunidade de governar e mostrar que, efetivamente, tem soluções para o futuro da nossa terra e das nossas gentes", findou.

Paula Abreu