A participação da população local, dentro do quadro de recursos disponíveis, deve ser ouvida para a determinação da localização de cada parque empresarial. Quem o diz é Francisco Serdoura, palestrante de uma conferência que está a ter lugar na sala da Assembleia Municipal do Funchal e que é organizada pela Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira e pela Madeira Parques Empresariais.
O palestrante, que é docente na Universidade de Lisboa, fala sobre o que é importante fazer para tornar os parques empresariais cada vez mais atrativos, quer para quem lá trabalha, quer para quem vive em redor daqueles espaços.
O elemento do Centro de Investigação de Arquitectura, que é o primeiro orador desta conferência que encerra pelas 12h15, com a presença do secretário regional da Economia, adiantou ainda que a escolha da localização deve considerar a acessibilidade à parcela, o contexto e características do terreno, o custo do solo, a facilidade de infraestruturação, o acesso a mão de obra, de preferência qualificada e outras comodidades e equipamentos de apoio. Defende também que é preciso promover serviços partilhados (apoio social, lazer, desporto, saúde), alojamento, bom ambiente e bem-estar (com espaços de lazer e áreas verdes). Ainda segundo o orador, a proposta de localização de um parque empresarial deve evitar implantações com em áreas urbanas difusas, em espaços rurais e em espaços naturais, como reservas ecológicas.
A seguir ao intervalo, Pedro Calado, presidente da Associação de Municípios e Gonçalo Pimenta, presidente do Madeira Parques, vão usar da palavra numa mesa redonda subordinada ao tema: ' O papel das instituições no desenvolvimento e ordenamento do(s) território(s)'.
Carla Ribeiro