A APIPE - Associação dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos afirmou, em comunicado, que "não é compreensível" que se mantenha "a situação de alerta laranja pelo risco de incêndio rural ou florestal, que hoje vigora na Madeira, quando em toda a ilha está a chover."
Explica a mesma fonte que vigorando o aviso laranja - neste momento, para todo o arquipélago da Madeira, até às 18 horas do dia 22 de agosto, devido à "persistência de valores muito elevados da temperatura máxima", segundo o IPMA - "os pirotécnicos são impedidos de realizar o lançamento de foguetes e fogo de artifício, mesmo estando a chover como hoje acontece."
"Só no dia de hoje, existem mais de uma dezena de festas e arraiais com licenças de utilização de pirotecnia emitidas e pagas às autoridades policiais, bombeiros e seguros, que devido à não atualização do estado de alerta laranja a vigorar serão anuladas, com os prejuízos evidentes para as empresas pirotécnicas e para os seus trabalhadores e suas famílias", refere o presidente da Direção da APIPE, Carlos Macedo.
"Este tipo de situações de proibições gerais e cegas são recorrentes, não apenas devido às condições climatéricas ou outras que mais parecem inventadas. Veja-se o caso da proibição do fogo de artifício na Festa do Monte na semana passada, alegadamente, por ser perigoso para as árvores das redondezas. Isto, mesmo depois de várias entidades oficiais, nomeadamente os peritos da Universidade de Coimbra, que fizeram um estudo e simulacros no local, terem concluído que o fogo de artificio não terá provocado vibrações que levassem à catástrofe que ocorreu no local há alguns anos."Catarina Gouveia