O Partido Trabalhista Português condenou, hoje, a resposta implementada "de forma transitória e avulsa" para resolver listas de espera cirúrgicas na saúde.

Conforme defendeu o partido, tal resposta "nada resolve", apontando ainda que "os programas especiais de recuperação não têm sido úteis, pois continua a aumentar o número de inscritos".

"Aliás, as evidências também demonstram que os tempos de espera para a primeira consulta, que orienta o utente e a sua referência para uma lista cirúrgica também têm uma duração de espera inaceitável e contribuem para o aumento do tempo de espera, assim como, torna-se evidente que os estratos sociais mais vulneráveis aqui são os mais afetados", aditou ainda.

É neste sentido que o PTP considera ser "urgente adotar medidas de rigor e excelência na gestão das listas de espera", ainda que reconheça que estas "sempre vão existir, que não se resolvem por milagre".

Certo é que considera "expressivamente um fracasso" o desempenho deste governo regional, "fracasso esse com décadas".

"As evidências demonstram que o SRS/RAM precisa de adotar uma filosofia de trabalho regular e a longo prazo, extraordinário na gestão das listas de espera, assim como num programa de rastreio de modo a garantir uma gestão equitativa das listas, considerando os algoritmos que geram listas programadas de atendimento, que podem oscilar entre o urgente e a situação mesmo emergente, particular e individual para cada utente. Logo a adoção de um Sistema de rastreio em saúde é nuclear, inadiável, e esse tipo de solução minimiza a ocorrência de erro, o que é fundamental para uma área onde a ineficiência leva à perda da produtividade e em casos extremos, pode ocasionar a perda de vidas", acrescentou ainda Edgar Marques da Silva, coordenador de Saúde do PTP.

Segundo o mesmo, "não há qualquer razão que não ideológica, para que serviço público não possa ser prestado pelo sector privado e a regularização extraordinária das listas e a sua consequente manutenção regular tem de contar sempre com a participação de ativos na saúde do sector privado, devidamente contratualizados para prestarem um serviço público, de acordo com os preceitos constitucionais".

"Na RAM o governo social-democrata parece ser, neste particular, bolchevique.

Assiste-se é disso as redes sociais e blogues a coberto do anonimato, tem denunciado situações, de fragilidade no programa implementado pelo Governo Regional, em que a carência de recursos humanos é um entrave a uma gestão regular e normal na afluência de utentes na saúde e à consequente implementação do programa em simultâneo, sem reforço de profissionais, o que aumenta os riscos de erros passíveis de serem considerados negligentes.

Aliás a carência de profissionais de saúde é uma das razões no agravamento das listas, assim como a ocupação de leitos por problemas sociais", atirou ainda, considerando também que os atrasos nas altas atrasam a admissão de novos utentes por carências de leitos, "outro problema que o governo regional fracassou e não consegue resolver, apenas focado na institucionalização de seniores.

Redação