O PAN continuou, esta semana, o seu Roteiro de Verão na Calheta, onde esteve em contacto com população, ouvindo as suas preocupações.
Na sequência das visitas realizadas, o partido destacou que neste que é o maior concelho da Região é "notória a falta de jovens e o envelhecimento da população, que se encontra dispersa pelas suas oito freguesias".
"Sendo atualmente um município com os olhos virados para o turismo e que atrai estrangeiros, a Calheta sofre com a partida dos filhos da terra, para o Funchal, mas principalmente para a imigração. Sendo cada vez mais difícil às famílias da freguesia e do concelho comprarem terrenos ou casas em virtude da galopante especulação imobiliária. Urge com urgência repensar as prioridades, sob o risco de termos uma Calheta com cada vez menos calhetenses", urge o PAN, que afirma ter constatado esta crítica na população do Arco da Calheta.
"É imperioso que o governo regional ponha um travão nos negócios milionários da construção e venda de casas e terrenos a estrangeiros, pensando numa taxação diferenciada, atribuindo benefícios aquando da venda ou arrendamento a madeirenses e porto-santenses", aditou.
A segurança foi outro dos temas destacados, com o PAN a levantar a questão dos Os deslizamentos de terras e de rocha que "estão para a Madeira como os sismos estão para os Açores".
"Hoje, com o conhecimento que existe, devemos atuar de forma clara e objetiva para criar condições de segurança nos acessos à e na freguesia, em vez de após cada acidente colocarmos pensos de milhões, em cima de grandes problemas sem verdadeiramente os resolvermos. O PAN Madeira quer que se estude o território e se encontrem soluções, que garantam a segurança dos calhetenses, numa reestruturação de fundo, deslocando o possível, encerrando o necessário, mas olhando sempre para soluções estáveis e que não desvirtuem a beleza daquela falésia e da vila", justificou.
A criação de uma bolsa de estacionamento para os munícipes, a discussão da questão da aquacultura junto da população, os problemas resultantes do abandono das terras, a pobreza dos solos, o mau estado de alguns acessos, a demora na concretização de obras e o desemprego foram outros dos assuntos colocados em cima da mesa neste roteiro.
"Consideramos, assim, que a Calheta deve voltar às mãos dos calhetenses. É importante que a agricultura retome em peso ao município, travando a venda desenfreada de terras a estrangeiros. Há que ajudar a recuperação da natureza e espécies autóctones, reduzindo o perigo de incêndios e facilitando a retenção de água", conclui o partido.
Redação