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PAN considera a política turística da Região uma "anedota"

JM-Madeira

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Data de publicação
04 Agosto 2023
16:51

O candidato do PAN/M ‘Melhor é possível’, Marco Gonçalves, esteve, com a equipa do partido, junto da população, no Curral das Freitas, ocasião que aproveitou para relembrar vários acidentes que envolveram turistas na Região.

A este respeito, Marco Gonçalves lembrou que Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, considerou ser "preferível ter muitos turistas e alguns acidentes do que não ter turistas".

O candidato ambientalista classificou a política turística da Região como uma "anedota", justificando que "a massificação está a destruir a imagem do destino e o território onde todos habitamos, o que nos preocupa uma vez que o Turismo é a principal atividade económica da região e que urge preservar e qualificar no âmbito do eco-turismo".

O PAN/M entende que o Turismo na Região Autónoma da Madeira "tem de ser uma marca de excelência" e, para isso, considera que se "deve fazer um uso adequado dos recursos ambientais, respeitar a autenticidade sociocultural das comunidades e assegurar que as atividades económicas sejam viáveis no longo prazo, estudando os seus impactes e mantendo um elevado nível de satisfação das pessoas que nos visitam de modo a fazerem publicidade no regresso às suas terras. Não é apenas o PAN/M que o refere, mas o controle e cuidado com a preservação do património tem levado à regulamentação do número de entradas a nível global."

Na ocasião, Marco Gonçalves referiu que os turistas procuram junto da natureza, já não encontram em grande parte dos destinos europeus "dominados pelo lucro acima de tudo".

"Nós temos que preservar o destino Madeira, não podemos degradar paisagens únicas com teleféricos inestéticos. Deixem os céus do Curral das Freiras preservados", sublinhou.

Já início da tarde, os ambientalistas reuniram-se na Pontinha, onde o candidato, referindo-se às potencialidades do mar, afirmou que "em vez da aposta em navios de cruzeiro que são focos enormes de poluição e que cidades como Veneza - Dubrovnik, e Lisboa estão a abandonar", o PAN/M entende que a aposta deveria passar pelo ecoturismo marinho.

"Nos Açores rende mais de 200 milhões de euros ano e a aposta no mar poderia aliviar a pressão que neste momento temos nas nossas serras", considerou, acrescentando que o "planeamento turístico regional deve apostar na sustentabilidade do destino e não no número de navios de cruzeiro que aportam no Porto e de aviões que aterram na ilha".

Ademais, o partido afirmou não compreender a "necessidade de construir campos de golfe em tanto lado, destruindo inclusive locais privilegiados para a observação de aves, que mais uma recorrendo ao exemplo nos Açores rende sensivelmente 100 milhões de euros por ano".

O candidato ambientalista defendeu que o PAN considera que "o eco-turismo de natureza ou marinho na Madeira verde e florida de águas límpidas é muito bem-vindo, mas o turismo de hotel, cinzento e ‘algas Prada’, esse não precisamos, nem é sustentável".

Mónica Rodrigues

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