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PAN congratula-se por não se poder "esmigalhar" cabeça dos coelhos à paulada

JM-Madeira

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Data de publicação
14 Novembro 2022
19:14

O PAN Madeira congratulou-se hoje com a impossibilidade de "esmigalhar" a cabeça dos coelhos através da chamada ‘caça ao corricão’, que é feita com um pau com bicos numa extremidade.

"Apesar de proibida, a prática da caça à paulada continuou a ser uma realidade no Porto Santo" mas já acabou, tal como o JM deu conta na sua edição impressa de de hoje, numa reportagem que deu conta do descontentamento dos caçadores face ao edital que passou a proibir esta prática.

Em comunicado enviado à nossa redação, o PAN recorda "que em 2018 foram criadas as áreas de refúgio de caça designadas por "Pico Castelo", "Pico Juliana", "Pico do Facho", "Pico Concelho" e "Pico Ana Ferreira", criadas pelo Despacho nº 51/2018, de 23 de agosto, que tinha por objetivo proteger a espécie de coelho-bravo por se ter verificado "uma diminuição significativa dos efetivos da espécie cinegética coelho-bravo, tendo como causa a doença Hemorrágica Viral (RHDV2), sendo a mesma definida como espécie que importa preservar".

Contudo, dois anos depois "estas áreas de refúgio de caça no concelho do Porto Santo, foram extintas através do Despacho 63-A/2020, usando o argumento do aumento significativo da espécie de coelho-bravo nestas áreas de refúgio que estariam a causar danos na flora e fauna ali existente".

O PAN chama a atenção que, de um momento para o outro, o "coelho-bravo passou de espécie ‘que importa preservar’ para um alvo a abater (à paulada), tendo-se procedido à extinção destas áreas de refúgio de caça e autorizado o seu abate, sem que sejam conhecidos estudos ou quaisquer dados concretos que justifiquem esta mudança de política no que respeita à proteção desta espécie".

"A grandeza da nossa região e o nosso progresso podem ser medidos pela maneira como tratamos os animais e cuidamos da natureza", lembra o PAN, que se congratulou pela proposta apresentada na Assembleia da República para que "esta situação anacrónica seja abolida".

Neste sentido, o partido Pessoas, Animais e Natureza reitera "o pedido para que o governo regional pondere a sua relação com a natureza que é de todos nós e das gerações vindouras".

Raul Caires

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