O PAN-Madeira afirma estar convicto que o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, não tem tem dados científicos", nem "evidências pedagógicas", no que diz respeito à introdução de manuais escolares e tablets nas escolas da Região, acusando-o de "populista" e "demagogo".
Leia o comunicado do PAN-Madeira, assinado pela sua Comissão Política:
"Miguel Albuquerque afirmou durante a inauguração da sede da SEDES que um dos projetos mais importantes do governo regional é a digitalização da educação. O PAN Madeira considera que Miguel Albuquerque representa tudo o que não se quer de um líder em tempo de crise - espera-se que um líder seja um Homem de estado, com responsabilidade de estado - o que Miguel Albuquerque manifestamente não tem.
Miguel Albuquerque é socialmente simpático, mas é intelectualmente um populista, um demagogo quando afirma que o mundo está a viver um "dos tempos mais acelerados da História" e refere a importância da digitalização do ensino.
Miguel Albuquerque sabe e não responde que a introdução dos tablets e dos Manuais digitais não se baseia em evidências nem pedagógicas, nem científicas - mas sim no "achismo" de alguém que quer ficar na história como moderno e inovador.
Estamos hoje convictos que se Miguel Albuquerque tivesse dados científicos já os tinha apresentado, mas não tem.
Em outubro de 2022 o PAN recomendou ao Presidente do Governo Regional, que lesse os relatórios:
- da OCDE onde nos dados de PISA 2018 sobre o "desempenho e prazer na leitura" os analistas da OCDE salientaram no relatório (Ikeda & Rech, 2022), que os alunos que leem em papel têm resultados superiores, em comparação com os que só o fazem em suporte digital;
e
- da OMS sobre o aumento exponencial de problemas de visão entre as crianças expostas por um número excessivo de horas aos ecrãs, assim como os estudos apresentados pela Academia Americana de Pediatria, e pela Sociedade Canadiana de Pediatria, que recomendam que as crianças e jovens até aos 12 anos não sejam expostas a tantas horas de ecrãs e a tantos meios tecnológicos.
Não quer o PAN Madeira acreditar que ao contrário do que comunicou, o governo não auscultou especialistas, não ouviu a comunidade escolar nem refletiu sobre as consequências da sua tomada de decisão.
O PAN Madeira não quer acreditar que ao fim de 47 anos de autonomia continuamos a basear as decisões governativas em "achismos! Sem realizar estudos prévios, como se o que interessasse fosse "passar a ideia", "que são modernos" de que fazem, ainda que a relação custo/ benefício para as populações sejam desastrosos.
Se assim foi, estamos perante uma tremenda irresponsabilidade em duas das principais áreas da autonomia - a saúde e a educação dos nossos jovens. Se com a tomada de posição do governo relativamente às vacinas ficamos incomodados, com esta decisão temos a certeza de que há uma tremenda irresponsabilidade por parte do governo regional.