A população sem-abrigo na Madeira aumentou depois da pandemia. Antes de março de 2020, havia cerca de 94 sem-abrigos na cidade do Funchal e "alguns" em Câmara de Lobos, os dois únicos concelhos onde foram sinalizados sem-abrigo.
Porém, atualmente, estão confirmados 112 indivíduos no Funchal e 25 em Câmara de Lobos, de acordo com os dados avançados hoje pela secretária regional da Inclusão Social e Cidadania, durante a inauguração de um novo centro de dia para sem-abrigo da Casa do Voluntário, no centro do Funchal.
Rita Andrade explicou ainda que depois da pandemia houve uma mudança do perfil do sem-abrigo, sendo hoje composto, sobretudo, por jovens com ligações a toxicodependências.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal do Funchal criticou duramente o comportamento do PS na Assembleia da República, em matéria da legislação sobre as novas substâncias psicoativas, considerando que o problema dos sem-abrigo se agudizou nas ilhas precisamente pela falta da legislação adequada, e disse que a Câmara Municipal do Funchal continuará a lutar para manter os jovens fora das ruas.
Alberto Pita