Luís Miguel Sousa, presidente do Grupo Sousa, é ouvido na tarde desta terça-feira no hemiciclo madeirense.
Em causa está a Comissão Parlamentar de Inquérito requerido no âmbito das declarações de Sérgio Marques, que terá falado em eventual proteção e favorecimento a determinados grupos económicos da Região, por parte do Governo.
Declarações que, de resto, culminaram mesmo com escusa do cargo de deputado na República, que vinha desempenhando.
A Comissão, requerida pelo PS, é presidida por Adolfo Brazão, não deixando de ser curioso o cumprimento cordial de Luís Miguel Sousa a Sérgio Gonçalves, seu antigo administrador, durante vários anos no grupo, que coincidiram também com parte do período alvo de denúncia de Sérgio Marques, e atual líder dos socialistas na Região.
E para começar Brício Araújo quis logo saber se Sérgio Gonçalves declarou essa sua ligação ao Grupo Sousa "à data dos factos". O deputado do PSD pretendeu saber se existiria alguma situação conflituosa.
Adolfo Brazão consultou então a dita declaração, não constando na mesma está sua ligação ao grupo porque "não considero ter interesse conflituando", esclareceu Sérgio Gonçalves acrescentado não ser relevante essa informação, ao contrário do que avaliam os deputados do PSD.
E a primeira questão a Luís Miguel Sousa, foi colocada precisamente por Sérgio Gonçalves que inicialmente situou como graves as afirmações de "obras inventadas" e "favorecimento", questionando o ‘patrão’ do Grupo Sousa acerca daquilo que o ex-deputado em São Bento disse ser um dos favorecidos.
"Não faço a menor ideia porque Eduardo Jesus saiu do Governo", na sua anterior passagem, assegurou Luís Miguel Sousa, sendo que uma das acusações era que Jesus saíra por pressão sua.
Luís Miguel Sousa situou a operação que contextualizou "como pouco interessante" pelo que não era atrativa em termos de concurso público.
David Spranger