"Mais de 50 por cento das doenças de saúde mental têm o seu início durante a adolescência", alertou, esta tarde, Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Proteção Civil, constatando que estes problemas podem ser encontrados em 10 a 20% dos jovens com taxas mais altas entre os grupos desfavorecidos da população.
É por isso importante, conforme defendeu, garantir mecanismos para a deteção precoce através do sistema educativo, disponibilizar programas que promoção competências para o efeito, promover a formação para os profissionais, programas de prevenção, entre outros.
O governante falava, no púlpito, durante a conferência internacional subordinada ao tema ‘Globalização, Transculturalidade, Integração: que desafios para a saúde mental e para a educação’, que decorreu, esta tarde, no auditório da Reitoria da Universidade da Madeira (UMa).
Relevando a relação "muito especial" que a Universidade da Madeira tem tido com a saúde, Pedro Ramos recordou a necessidade de melhorar a base de dados da população no que concerne à saúde mental. "E é aqui que o observatório deve ter o seu papel mais interventivo e que eu espero que tenha mais sucesso nos tempos que se aproximam", apontou, sublinhando que "não existem barreiras na Região para tratar este assunto".
Note-se que o Observatório Regional de Saúde Mental da Madeira, criado em 2019, numa parceria entre a UMa e o SESARAM, surgiu com o objetivo de contribuir para o estudo continuado da evolução ocorrida em matéria de saúde mental a nível regional, visando a melhor adequação das políticas, estratégias e linhas de atuação definidas para a área.
Bruna Nóbrega