Decorreu, hoje, a terceira reunião da task-force criada na Região para o combate às Novas Substâncias Ativas (NSP), onde voltaram a marcar presença as quinze entidades públicas com atividade direta nesta matéria convocadas para este grupo de trabalho.
Em declarações ao JM, Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Proteção Civil, fez um balanço do que esteve em cima da mesa, tendo avançado que a próxima reunião ocorrerá já daqui a um mês, no dia 14 de março.
Conforme ressalvou o governante, este quarto encontro antecederá a visita à Madeira no dia 17 de março da procuradora-geral da República, Lucília Gago, à qual este grupo de trabalho pretende entregar um documento com uma análise ao flagelo das novas drogas sintéticas na Região, com base nos contributos prestados por todas as entidades participantes.
"Vamos entregar todo este projeto que está a ser construído na Região para também ser objeto a nível nacional", aclarou o secretário regional.
Já sobre a reunião desta quinta-feira, Pedro Ramos informou que a tutela também apresentou um novo documento, que "será sucessivamente melhorado", de forma a que se torne "numa dashboard de informação", onde constam dados mais consistentes, nomeadamente sobre os números de internamentos e os testes realizados, "para que todos os intervenientes possam com base neste tomar as melhores decisões".
Em cima da mesa esteve igualemente a possibilidade de ser realizada uma auscultação a nível nacional acerca desta realidade, dado que já têm sido detetadas situações semelhantes nos Açores e na cidade do Porto.
Por seu turno, Pedro Ramos congratulou-se também pela aprovação na Assembleia Legislativa Regional dos dois diplomas propostos na senda do trabalho desta task-force, os quais seguirão agora para apreciação no parlamento português.
"Por outro lado, com base nestes dois diplomas, vamos contactar o doutor João Goulão, presidente do SICAD, no sentido de a Madeira apresentar uma proposta de combate a estas novas substâncias psicoativas, porque queremos ser pioneiros não só na abordagem, mas também no encontro de soluções para minimizar este problema", avançou.
Recorde-se que este grupo de trabalho, composto por quinze entidades públicas com atividade direta nesta matéria, foi constituído em dezembro do ano passado, tendo a segunda reunião decorrido a 12 de janeiro.
Redação