A candidatura do Livre à Câmara Municipal do Funchal, liderada por Marta Sofia, voltou a denunciar o crescimento urbano desordenado como um dos principais fatores que agravam a erosão da orla costeira e a degradação ambiental da cidade.

Segundo a candidatura, a falta de ordenamento do território tem permitido a construção em áreas frágeis, aumentando a exposição do Funchal aos riscos costeiros. “O desordenamento territorial não só acelera a erosão, como transporta poluentes e sedimentos que comprometem gravemente a qualidade das águas e afetam a vida marinha”, alertou Marta Sofia, sublinhando que “ignorar a fragilidade da costa é ignorar o futuro do Funchal, colocando a segurança das pessoas e a economia do mar em risco”.

O Livre defende uma governação que valorize o litoral como primeira linha de defesa, propondo três eixos de intervenção: uma revisão urgente do ordenamento do território, com mapas de risco atualizados e restrições à construção em zonas vulneráveis; um plano de restauro de ecossistemas costeiros e marinhos, para recuperar a biodiversidade e reforçar a proteção natural contra a erosão; e a criação de “Corredores Azuis”, destinados a gerir o escoamento das ribeiras, evitando a deposição de detritos e poluentes e melhorando a qualidade das águas costeiras e balneares.

Para Marta Sofia, “a proteção do litoral e dos ecossistemas é inseparável da segurança da população”, defendendo que o planeamento sustentável e de longo prazo deve prevalecer sobre a especulação imobiliária. A candidata apela a que os funchalenses coloquem a preservação do território e a resiliência ambiental no centro do debate autárquico.