À margem de uma iniciativa junto ao centro de saúde do Porto Moniz, Paulo Alves, do JPP, criticou o Governo Regional que "não explica aos madeirenses o verdadeiro estado da Saúde da Região".
O deputado do grupo parlamentar falava no âmbito do ataque informático ao SESARAM, relembrando "os vários alertas deixados pela oposição e pelos próprios profissionais na falta de investimento nas telecomunicações, equipamentos e nas redes informáticas culminando agora num caos que está a afetar todos os utentes e todos os profissionais de saúde".
"As declarações do Governo Regional é de que, a partir de ontem, dia 8, os centros de saúde iriam trabalhar normalmente, mas tal não aconteceu", reforçou, acrescentando que "infelizmente, este Governo Regional continua a enganar a população".
"Afinal, quais as consequências deste ataque informático que está a afetar todos os madeirenses? Quem assumirá responsabilidades? Teremos demissões?", questionou o porta-voz da iniciativa.
O JPP queixou-se, também, da "teimosia" e "falta de sensibilidade" do Governo de Coligação PSD/CDS, "que insiste em isolar as populações mais distantes como as que residem no Porto Moniz e em Santana, fechando o serviço de urgências noturno".
"Depois de terem encerrado as urgências, em 2012, para pagar uma dívida oculta que superou os 6 mil milhões de euros, a opção deste Governo é deixar desprotegidos milhares de idosos e turistas que escolhem localidades mais distantes dos centros urbanos", referiu Paulo Alves.
Para o deputado, é "inadmissível que a maioria parlamentar PSD/CDS tenha chumbado a proposta do JPP em ter uma Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV)", acrescentou, concluindo que "toda a gestão da saúde na Região precisa, urgentmente, de uma reforma, começando pela capacidade de assumir responsabilidades e falar com verdade, aos utentes do Serviço Regional de Saúde".
Lígia Neves