A ausência de prestação de serviço de transporte público entre a Achada de Gaula e o centro da cidade de Santa Cruz, pela empresa de transporte público SAM foi denunciada, esta manhã, por Patrícia Spínola, vice-presidente do grupo parlamentar do JPP.

Os utilizadores do serviço, entre os quais adultos e crianças, "são obrigados a ‘encher’ o autocarro que vai para o Funchal, pelas 07h30, ultrapassando a capacidade do mesmo no que se refere a segurança e prevenção", delata, dando conta de que "este autocarro, com pessoas em pé num longo percurso, deixa as que vão para Santa Cruz no cruzamento de São João e depois as mesmas veem-se obrigadas a fazer um percurso a pé, sem passeio, até à paragem mais próxima, para apanharem outro autocarro que só passará daí a algum tempo".

Neste sentido, o JPP sublinha que este transbordo, não sendo imediato, "provoca tempos de espera que resultam em significativos atrasos para quem tem horários a cumprir, seja para trabalhar, para a escola ou outro fim". Mais considera Patrícia Spínola que "coloca em causa a segurança de tantas crianças que vão sozinhas para a escola, ainda de noite e eventualmente com chuva, pois antes saíam diretamente no destino".

"Numa altura em que se procura fomentar a utilização do transporte público, até por razões ambientais", a parlamentar questiona à SAM "que explicação tem para os seus passageiros? Ou a falta de concorrência permite ignorar os seus direitos? Foi assim tão levada à letra a ‘campanha publicitária que pretende levar os madeirenses numa viagem ao passado dos transportes públicos, projetando-os para o futuro’, avançada em 2021?".

Por fim, indaga ao presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, se "é esta a revolução nos transportes públicos da Região que Vossa Excelência promete? Tudo ao molhe e fé em Deus?", remata.

Lígia Neves