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JPP volta a insistir na falta de medicamentos e altas problemáticas

Data de publicação
13 Janeiro 2025
12:46

A vice-presidente da bancada parlamentar do JPP esteve esta segunda-feira junto ao Hospital Dr. Nélio Mendonça para abordar a “saúde a conta-gotas” e interpelar o secretário regional da Saúde e Proteção Civil sobre “um conjunto de problemas diários que afetam os doentes, problemas sem qualquer relação com o orçamento da Região chumbado na Assembleia Legislativa Regional (ALRAM)”.

Patrícia Spínola afirmou que “lata”, termo utilizado pelo governante para atacar a Oposição, na sequência do chumbo do Orçamento para 2025, “tem quem, em setembro de 2024, prometeu, numa cerimónia pública, que iria contratar mais 200 enfermeiros até ao fim do ano e não o fez”; “quem não consegue organizar, há anos a fio, o stock da farmácia hospitalar para acabar com a crónica falta de medicamentos, mas esbanja quase 50 mil euros do orçamento da Saúde em 6.200 canecas personalizadas, o que revela muito bem o sentido das prioridades deste senhor”; “Tem muita lata quem utilizou o seu telemóvel pessoal para oferecer cuidados de saúde a militantes do PSD pedindo-lhes que votassem em Miguel Albuquerque nas eleições internas”; “lata tem quem permanece impune perante a ofensa ignóbil, que foi chamar de ‘anormais, incompetentes e canalhas’, os madeirenses e porto-santenses que pensam diferente do pensamento único de Miguel Albuquerque e Pedro Ramos”.

A dirigente do JPP diz que “todos estes problemas são a expressão da má gestão do Serviço Regional de Saúde da Região (SESARAM) em particular no setor dos fármacos, que ano após ano, prejudica os doentes, principalmente os crónicos e os oncológicos, dependentes da farmácia do hospital, que veem a sua rotina de tratamento ser alterada devido ao mau planeamento e aos atrasos no pagamento a fornecedores, problema crónico nas sucessivas gestões do governo PSD”.

Patrícia Spínola dirigiu-se diretamente ao secretário da Saúde: “Com que ‘lata’, e estou a citar o senhor Secretário Pedro Ramos, encara os madeirenses e porto-santenses que veem a sua saúde sendo colocada em risco devido à falta de uma gestão qualificada e competente? Com que ‘lata’ vem Vossa Excelência responsabilizar a Oposição quando omite as medidas que tinham sido tomadas para resolver esta situação? Seja direto e transparente: publique no site do SESARAM as dívidas a fornecedores de produtos químicos e farmacêuticos, produtos vendidos nas farmácias, material de consumo clínico e de serviços de saúde? Publique ainda os relatórios da farmácia do hospital que reflitam os níveis de procura e oferta de medicação? Pela primeira vez, senhor Secretário, tenha coragem, chegue-se à frente e atue com transparência. Não espere que sejam os tribunais, mais uma vez, a obrigá-lo”.

A parlamentar acusa Pedro Ramos de “embrulhar” a população “com desculpas que se acumulam, ano após ano, e respostas que, pela sua opacidade, são desrespeitosas daqueles que têm a dor por companhia diariamente e se socorrem das migalhas que dão para um mês, quando a farmácia hospitalar as consegue dispensar, e assim se arrasta o problema mais umas semanas e andamos nisto há anos, numa impreparação atroz de quem trata deste setor”.

Patrícia Spínola pede à população que esteja atenta “às mentiras” do Governo Regional, de Miguel Albuquerque e Pedro Ramos, pois “quem brinca desta maneira com a saúde das pessoas não pode continuar a merecer a confiança das populações, tem de ir embora e dar o lugar a quem quer trabalhar para resolver os problemas da saúde”.

A dirigente nota que “o volume de notícias sobre a falta de medicamentos na farmácia hospitalar acontece durante todo o ano, o que desmente o secretário da Saúde”. “A sistemática rutura de medicamentos na farmácia hospitalar não é fruto do chumbo do orçamento regional nem do avião que não aterrou na data prevista, é tão-somente uma desmesurada capacidade de esbanjar e não distinguir o essencial do assessório”, frisa a deputada.

“Não foi o chumbo do orçamento que provocou as centenas de altas problemáticas, que mantêm as macas presas nas urgências ou doentes a aguardar vaga de internamento, não foi o chumbo do orçamento que permitiu acabar, anos a fio, o stock de medicação e equipamento básico. Não foi o chumbo do orçamento que não permite contratar enfermeiros, estavam previstos, no orçamento anterior, anunciado em setembro de 2024, a contratação de 200 enfermeiros. Não houve procedimento para nem um. O chumbo do orçamento é o culminar de 48 anos de ‘muita lata’ a esbanjar o que não é seu”, adita.

Em conclusão, sublinha o JPP “o PSD só não aposta na Saúde porque não lhe interessa alterações orçamentais que prejudiquem outros negócios”.

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