O partido Juntos pelo Povo (JPP) defende a necessidade de incluir o gás na lista de produtos sujeitos a preços máximos na Madeira.

O líder do partido, Élvio Sousa, considera que esta medida é essencial para combater o aumento do custo de vida e corrigir desigualdades face a outras regiões do país.

“O gás é atualmente o único produto energético não abrangido pela portaria que regula os preços máximos dos combustíveis na Madeira, ao contrário da gasolina, do gasóleo rodoviário e do gasóleo destinado à agricultura e às pescas”, começou por dizer o deputado, afirmando que o gás “continua a escapar à fixação de um preço máximo, o que só beneficia os monopólios protegidos pelo Governo Regional PSD/CDS”.

O partido sublinha que enquanto nos Açores o gás já está sujeito a regulação, na Madeira uma botija pode custar mais 7 euros do que no arquipélago vizinho. “Em 2024, as famílias madeirenses pagaram mais de 3 milhões de euros do que as açorianas pelo mesmo produto”, denunciou o líder do partido, acusando o Governo Regional de “vender os interesses da população aos grupos dominantes”.

O JPP considera que a introdução do gás no regime de preços máximos seria uma medida simples e eficaz para aliviar os encargos das famílias e das empresas. “Estamos a falar de justiça social e de poder de compra. É preciso coragem política para enfrentar os monopólios e baixar o custo de vida na Madeira”, acrescentou.

O deputado criticou ainda o programa “Gás Solidário” do Governo Regional, que apoia a compra de gás com um subsídio de 20 euros, considerando-o “insuficiente e assistencialista”. “Essa ajuda atinge uma minoria. O que se impõe é uma regulação justa que beneficie todos os madeirenses”, reforçou.

O JPP promete continuar a lutar pela regulação do preço do gás e garante que vai apresentar um projeto de resolução na Assembleia Legislativa da Madeira nas próximas semanas. “Somos o único partido que defende esta causa. Os outros estão condicionados pelos interesses económicos, mas nós fomos eleitos para defender o povo madeirense”, concluiu Élvio Sousa.