O JPP apresentou as suas prioridades para o próximo Orçamento Regional durante a reunião com o secretário regional de Finanças, que está a auscultar os partidos políticos no âmbito da preparação do documento. Élvio Sousa apontou três áreas essenciais: redução do custo de vida, investimento em saúde e maior oferta pública de habitação.

“De maio até agora a situação não variou muito. No anterior orçamento apresentámos 30 propostas, nenhuma delas foi aprovada, apesar de refletirem o nosso programa de governo”. O secretário-geral do partido salientou que, neste orçamento, o partido propõe medidas concretas para reduzir o IRS e o IVA, embora seja necessário que o Governo Regional corte despesas para viabilizar estas iniciativas.

Na habitação, o JPP defende a utilização do saldo global para contratualizar com os municípios a construção de habitação, aproveitando ainda as futuras linhas de financiamento da União Europeia para este setor. “Queremos criar habitação para classe média, jovens e famílias que mais necessitam”, explicou Sousa.

No setor da saúde, o partido aponta a necessidade de investimento para garantir prazos máximos de resposta em consultas e exames, alertando que “centenas de pessoas estão em espera e os prazos não estão a ser cumpridos”.

O JPP defende ainda um pacote de redução de despesa, com corte na estrutura governativa, secretarias e observatórios pagos, considerados excessivos. “Se estivéssemos a governar, cortaríamos imediatamente na despesa do Governo Regional”, acrescentou Sousa.

Outro ponto destacado pelo partido é a reativação de uma linha marítima de passageiros e mercadorias com o Governo das Canárias, como alternativa face ao abandono do compromisso da linha férrea previsto na lei nacional. Élvio Sousa explicou que esta medida “não implica necessariamente verbas avultadas do Governo Regional” e que o protocolo dependerá de negociações com as autoridades canárias.

Quanto à posição do JPP face à proposta orçamental, o deputado reforçou que o partido manterá a abstenção na votação da generalidade e no PIDDAR, considerando que “apenas depois da discussão em especialidade é que as nossas propostas podem ser incluídas”.