O novo Hospital Central e Universitário da Madeira esteve no centro de um debate promovido no âmbito do Compromisso 2030, do PSD-Madeira. Foi defendido um hospital centrado no doente, que valorize os seus profissionais e assuma a tecnologia como oportunidade e base de evolução.
De acordo com um comunicado do PSD-Madeira, que cita a coordenadora para a área da saúde, Carlota Cavaco, o debate "foi altamente participado, produtivo e, acima de tudo, revelador da grande expetativa e da confiança que existe quanto às vantagens desta futura Unidade Hospitalar para a Região, com contributos que, já nesta sessão, foram muito válidos, resultantes das quatro mesas de trabalho que precederam a discussão com o público".
O assunto foi abordado sob diversos aspetos, conforme nos dá conta o referido comunicado.
Relativamente aos Novos Paradigmas de Coordenação e Gestão de Saúde, adianta a mesma fonte qie "os profissionais de Saúde apontaram, um modelo de gestão centrado no utente, a necessidade de um modelo de avaliação de desempenho, o reforço da qualificação profissional, a divisão dos serviços por Centros de Responsabilidade Integradas e a necessidade do envolvimento das famílias quando a medicina passar pelo tratamento dos utentes em ambulatório".
Na área das Novas Tecnologias, Digitalização e Modernização, "destacam-se, entre outros, os desafios deixados pelas empresas ligadas à Tecnologia e Inovação quanto à progressiva introdução, no âmbito da Telemedicina e para além das consultas online, de aplicações móveis com interligação entre utentes e profissionais de saúde, a monitorização contínua dos cuidados e a gestão dos acessos ao Hospital através do recurso às novas tecnologias e, ainda, a possibilidade de recorrer, em matéria de diagnóstico, à inteligência artificial, melhorando a triagem e a identificação dos problemas e a introdução de robótica nas áreas cirúrgicas", adianta o comunicado.
Na discussão que incidiu sobre a Formação e Recursos Humanos, foi referido que o Novo Hospital "representa uma grande oportunidade para os profissionais que se dedicam à formação, num investimento que vai atrair e reter profissionais, a par de abrir espaço à diferenciação, destacou-se a humanização da saúde e a formação multidisciplinar. Formação essa que deve ser reforçada para o futuro, assumindo o seu carácter de continuidade e assente nas novas tecnologias, destacando-se, ainda, a possibilidade de haver, neste enquadramento, abordagens articuladas com outras Ilhas".
A mesa sobre Inovação e Investigação envolveu, além de representantes da Secretaria Regional Educação e da Universidade da Madeira, a Startup Madeira, a Arditi e a Smart Island Hub. Neste debate foi destacado "o desafio para a criação de um Centro de Investigação e Inovação transdisciplinar em Saúde e a importância de garantir o reforço da aposta na investigação e o consequente acesso facilitado à informação, por parte dos profissionais".
Iolanda Chaves