O PS-Madeira reiterou, hoje, concordar com a realização de um estudo sobre a pobreza na Região, realidade para a qual afirmar ter vindo a alertar ao longo de anos, sem que o Governo Regional reconhecesse o problema.
Favoráveis à realização deste diagnóstico, hoje anunciado na comunicação social, os socialistas consideram, contudo, que esta decisão peca por tardia, já que, entretanto, ao longo destes anos de "negacionismo do Executivo, a situação de milhares de madeirenses veio a agravar-se substancialmente".
"Não há dúvida nenhuma de que é preciso conhecer o tecido social da Região, de que é necessário conhecer a dura realidade dos madeirenses que estão a atravessar este flagelo que é a pobreza e a exclusão social", afirma o líder parlamentar do PS, esclarecendo que "quem sempre negou" que havia a necessidade de fazer este diagnóstico foi o Governo Regional.
"Quem sempre negou a realidade regional do ponto de vista social e que a Madeira era a região do País com o maior índice de pobreza e exclusão social foi o Governo Regional", dispara Rui Caetano.
O dirigente socialista vinca que há já vários anos que o PS vem defendendo a realização deste estudo e vem denunciando a falta de estratégia do Governo Regional, questionando o porquê de só agora o Executivo avançar com esta caraterização do fenómeno.
"Vem tarde, mas mais vale tarde do que nunca", refere Rui Caetano, reforçando a teoria da negação que sempre foi assumida pelo Governo PSD/CDS.
Sublinha ainda que, depois tantos anos a esconder o problema, o Governo Regional apresentou a estratégia de combate à pobreza e exclusão social, sendo que, na ocasião, a própria secretária regional da tutela admitiu que a realidade social ainda será pior no próximo ano, o que só vem dar razão ao PS, quando tem defendido a necessidade de medidas urgentes para apoiar as famílias madeirenses.r
Redação