'Ordenamento e Desenvolvimento Territorial: Desafios e Perspetivas' é o tema da conferência que está a decorrer, esta manhã, na sala da Assembleia Municipal e que é organizada pela Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira (AMRAM) e pela Madeira Parques Empresariais, tendo a parceria do JM.
Francisco Serdoura, docente da Universidade de Lisboa e membro pesquisador do Centro de Investigação de Arquitetura foi o palestrante convidado para a iniciativa que encerra ao fim da manhã, com a presença do secretário regional da Economia, Rui Barreto.
Francisco Serdoura, que veio à Região falar dos desafios contemporâneos do ordenamento do território para uma governabilidade inteligente do(s) território(s), abordou a evolução da indústria e referiu que o parque empresarial é um espaço que desempenha funções de natureza territorial, económica e industrial.
Defendeu que o mesmo tem de ser sempre planeado com capacidade para acolher a instalação de empresas e, desse modo, contribuir para gerar desenvolvimento sócio-económico, quer num contexto territorial de âmbito mais local, quer no contexto de âmbito mais lato.
O palestrante deu exemplos de parques empresariais que têm uma dinâmica enorme e referiu que o primeiro parque empresarial fez deslocar 125 mil postos de trabalho de Lisboa para Oeiras. O Parque de Oeiras, que tem planos de todos os graus foi uma antecipação do seu autarca e Francisco Serdoura destacou a importância deste avanço. Este parque tem algumas particularidades que não é só de serviços, conforme sublinhou o palestrante, sublinhando a importância de exitirem restaurantes e outros serviços num parque empresarial, para o tempo de lazer dos funcionários.
Francisco Serdoura realçou que cinco minutos de intervalo, de ida a um café, a um restaurante ou a uma loja, parece que refrescam os trabalhadores. Pelo que é necessário que aquilo que nós conhecemos que é o figurino normal se vá adaptando ao tempo.
"A velocidade das mudanças hoje é muito maior do que era há 20 anos", disse. Os parques empresariais devem ser espaços com vida, conforme defendeu ainda na conferência que decorre no Funchal e que tem a sala praticamente cheia.
Carla Ribeiro