Faleceu hoje a escritora, investigadora, professora e poetisa madeirense Fátima Pitta Dionísio, uma partida que apanhou amigos e conhecidos de surpresa, pois, tal como confessou ao JM Rui Caetano, “ninguém estava à espera que ela nos deixasse tão cedo”.

Fátima Pitta Dionísio era militante do PS e “vai deixar saudades”, não só no meio político como cultural e social.

Nas redes sociais, são várias as mensagens de pesar que vão surgindo, entre as quais uma repleta de amor e saudade. “De si fica a poesia. Os poetas não morrem, transcendem a imortalidade. Que esteja agora, tranquila, a pisar o Olimpo na sua amada Grécia, onde o Mar é mais azul. Minha Fénix! Guardo os seus ideais, a sua beleza, simplicidade e bondade. Já sinto tanto a sua falta”, escreveu na sua página pessoal de Facebook a filha Carolina Dionísio, ela que ainda na passada semana estava nas andanças das eleições autárquicas pois fazia parte da lista do PS à Câmara do Funchal.

A vida e obra de Fátima Pitta Dionísio estão intimamente ligadas à Madeira, onde nasceu em 1950. Publicou várias obras, tendo sido homenageada em eventos com o ‘Luar da Poesia’, que visa divulgar a obra de poetas madeirenses.

Foi uma das responsáveis pela criação da Associação de Escritores da Madeira e o seu trabalho contribuiu para a divulgação e preservação da literatura e cultura da Madeira, nomeadamente através dos seus escritos sobre a mentalidade e crenças locais.

Em 1989 publicou o livro de poesia ‘Edifiquei-te uma ilha’; em 1999, o livro de sonetos ‘Amor em Memória’; e em 2011, o livro de poesia ‘No amor das coisas gregas’. Em 2017, lançou ‘Há de a Poesia Ficar’, e, sem dúvida que a poesia de Fátima Pitta Dionísio ficará na memória de todos quantos com ela partilharam esta caminhada na vida.

Aos familiares e amigos, o JM endereça sentidas condolências.