A ideia de que a Madeira deveria dispor de uma companhia de aviação (Madeira Airlines) própria foi uma das ideias lançadas pelo professor doutor João Lemos, na Escola Secundária Jaime Moniz, numa palestra que teve como público-alvo alunos do 11.º ano de Ciências Sociais e Humanas.
Segundo João Lemos, nessa companhia aérea estariam "os maiores empresários turísticos representados e o Governo Regional com a maior percentagem do capital, para resolver problemas de mobilidade, principalmente dos madeirenses, entre a Madeira e Portugal continental e a Ilha do Porto Santo".
Outras ideias de mobilidade preconizadas pelo especialista, são a criação de um comboio turístico entre o Porto do Funchal e a Zona Velha da Cidade; um elétrico sobre as ribeiras de São João e de Santa Luzia; um metro de superfície entre o Largo Jaime Moniz e a Praia Formosa e um comboio turístico na Ilha do Porto Santo, entre o Porto de Abrigo e a Calheta.
O professor considera "urgente promover a integração entre os diversos modos de transporte, facilitando uma transição para um setor mais descarbonizado e eficiente no uso de espaços e materiais", bem como o preço dos transportes "tem de ser considerado pelos responsáveis políticos dos destinos, visando uma maior afluência de turistas".
João Lemos entende também que "os responsáveis dos destinos turísticos devem estar atentos aos desafios atuais tais como: a globalização, as mudanças climáticas, o envelhecimento da população e o desafio da mobilidade, para que de forma planeada possa ser realizada, a receção dos turistas e fornecida uma boa hospitalidade".
Numa palestra que teve como tema 'Os transportes na afirmação do turismo', em que considerou estes dois elementos "indissociáveis", João Lemos referiu que "a afinidade entre transporte e turismo nunca foi tão evidente como durante a pandemia da covid-19".
"O coronavírus fez com que milhões de viajantes cancelassem as suas viagens, devido ao receio do contágio e em função das restrições sanitárias e de mobilidade implementadas por diversos países e destinos turísticos à escala mundial".
Iolanda Chaves