Depois de ouvir a apreciação dos deputados municipais das diferentes bancadas, Cristina Pedra sublinhou que foram omitidas faturas no total de 39 milhões de euros. “As contas que pareciam sólidas, quando entramos, não estavam”. Muito pelo contrário. A dívida total acumulada é superior a 45 milhões de euros, informou os deputados municipais na reunião da Assembleia municipal.

A presidente da autarquia lembrou que o executivo estancou juros e execuções, desde 1 de janeiro de 2023.

As faturas estão a ser pagas a tempo e horas, assegurou, comentando que “é muito bom não ter dividas, sobretudo, quando não se contabiliza faturas”.

Sobre os processos em tribunal da ARM e respetivas custas judiciais, Cristina Pedra afirmou que caso seja dada razão autarquia, a empresa pública terá de devolver verbas à câmara, reafirmando que desde janeiro de 2023, as contas estão a ser pagas a tempo e horas.

Antes, o PS acusou a Câmara Municipal do Funchal de não estar a pagar à Águas e Resíduos da Madeira e, como tal, estar a aumentar a divida à empresa pública.

Valter rodrigues, do MPT, entende que o grau de endividamento do executivo aumentou 4%, considerando que a autarquia devia usar os depósitos bancários a prazo que tem para abater na dívida.

Herlanda Amado, da CDU, elogiou os aumentos salariais dos trabalhadores da câmara e a valorização salarial dos bombeiros sapadores, mas discorda que a derrama tenha sido suspensa para todas as empresas, considerando que as grandes empresas, com lucros, deviam pagar esse imposto municipal.

Os documentos de prestação de contas de 2023 foram aprovados pela coligação ‘Funchal sempre a frente’, abstencao da CDU, MPT e deputado independente Joaquim Sousa. PS e BE votaram contra.