A UMAR Madeira lançou hoje uma campanha online, enquadrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, intitulada ‘Cuidado com os retrocessos, protege os teus direitos’.

Com o slogan ‘Dá mais força à liberdade’, a campanha é composta por seis posters, cada um com uma mensagem diferente. Igualdade de género, Feminismo, Família, Cidadania e Educação Sexual, Interrupção Voluntária da Gravidez e o ‘Lugar da mulher’, são os temas sobre os quais a UMAR lança uma reflexão.

Num dos cartazes, é vincada a afirmação de que a ideologia de género não existe, que existe sim a igualdade de género “um direito humano que defende as mesmas oportunidades, deveres e direitos para todas as pessoas”.

Desmistificar a palavra feminismo é outro objetivo. Joana Martins, coordenadora da UMAR, esclarece que “para muitas pessoas, as/os feministas são pessoas que defendem a superioridade das mulheres em relação aos homens, quando o que o feminismo defende é justamente a igualdade de género, ou seja, igualdade de direitos, oportunidades e deveres para mulheres e homens”.

A família é outro tema. Por oposição “a resquícios e ideais” do Estado Novo, a UMAR defende que “não existe nem deve existir apenas um tipo de família ‘ideal tradicional’, mas sim muitos, onde os denominadores comuns que devem existir são o amor e o respeito”.

A ideia de que “a cidadania e a educação sexual são fundamentais” é outro tema abordado, no pressuposto de que são “agenes de prevenção da violência em todas as suas vertentes, sendo cada vez mais necessária para a transformação social e para contribuir para uma mudança de mentalidades”.

A importância da conquista da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), em vias de se tornar um direito fundamental na União Europeia, é outro direito defendido pela UMAR. Joana Martins lembra que a IVG é um “meio de evitar abortos em situações inseguras com consequências nefastas para as mulheres”, entre outros aspetos.

O ‘lugar da mulher’ é o tema de outro cartaz. Joana Martins sublinha que “o lugar da mulher é onde ela quiser, independentemente da sua idade, profissão, classe social, tipo de corpo, cor da pele, etnia e outras características que possa ter”.

“As mulheres devem pode continuar a fazer as suas escolhas de vida, seja a nível profissional, pessoal ou familiar, com a liberdade e os direitos que têm sido conquistados, passo a passo desde o 25 de abril de 1974. Ter em conta que tanto a mulher como o homem podem, e devem, ocupar, lado a lado, os espaços públicos e privados, sendo fundamental a partilha, o respeito e a realização pessoal”, reforça.

A rematar a conferência de imprensa em que esta campanha foi divulgada, a coordenadora disse que a UMAR Madeira vai participar na Marcha/Festa da Liberdade, esta quinta-feira, à tarde, no Funchal, organizada pela Comissão da Comemoração dos 50 anos do 25 de Abril.