Jornalista pediu para ser exonerado do cargo de técnico especialista do Governo Regional e volta a pedir a carteira, suspensa desde 2015.
"Não aguentava mais", revela António Jorge Pinto ao JM, confirmando a exoneração do cargo, avançada esta tarde pelo DN-Funchal.
O jornalista de profissão, que suspendeu a carteira profissional em novembro de 2015, admite que estava cansado e desiludido com a política. Fala concretamente de indecisões, de "jogos de bastidores" e da dificuldade em reconhecer os profissionais mais válidos em detrimento de outros.
Garante que não é nada contra a Secretaria do Mar e Pescas e muito menos com o secretário Teófilo Cunha. Aliás, considera que Teófilo "é do mais genuino e honesto" que conheceu na política.
Mas confessa-se desagradado como o CDS tem atuado, nomeadamente no diferendo que o opõe contra o presidente da Junta de Freguesia de São Gonçalo, onde Jorge Pinto é vogal.
Acrescenta que também não gostou da forma como o CDS saiu da Câmara do Funchal, trocando um lugar de eleição por um cargo de nomeação de um adjunto. "Uma vergonha", afirma.
Tudo isso a juntar a outras reflexões que foi tendo nos últimos meses levaram o técnico especialista com responsabilidades na área da comunicação da Secretaria de Mar e Pescas a pedir para sair.
Aos 63 anos de idade, António Jorge Pinto garante que tem projetos e ideias para desenvolver, ainda sem os revelar.
Miguel Silva