Teve lugar, esta manhã, a abertura do III Fórum Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, no Centro Cultural e de Investigação do Funchal, na qual a vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal congratulou-se com a iniciativa por permitir "o diálogo" e a "troca de impressões" sobre uma causa que afirma ser "de todos, suprapartidária".
A edil destacou as medidas de proteção social implementadas pelo atual executivo da Câmara Municipal do Funchal, nomeadamente o reforço dos apoios sociais em cerca de 50% e de mais 70% para a educação, além do pagamento de três bolsas de estudo e do apoio ao associativismo que atingiu, este ano, um valor superior a 700 mil euros.
"O combate à pobreza não deve ser com uma atitude assistencialista, mas sim numa perspetiva de vertente educacional e integradora da família, em que trabalhamos em rede com várias entidades. Este é o nosso sistema", sintetizou, realçando a importância da educação enquanto "elevador social".
Cristina Pedra deixou a garantia que a CMF não vai deixar de lutar pela erradicação da pobreza, deixando claro que Portugal e a Madeira estão bem longe dos indicadores internacionais que apontam que a extrema pobreza é aquela em que o ser humano tem apenas 1,25 dólares de rendimento por dia, ou seja, 1 euro. A autarca lembra que a região tem adaptado o SMN com maior valor à região, fixando um aumento na ordem dos 2%.
Porém, reconhece que "nem tudo está bem", mas assume que é propósito prioritário da autarquia "implementar medidas que atuam na proteção social das famílias e também na resposta que é necessária dar em termos de investimento dos jovens".
A vice-presidente considera que é necessário um "novo contrato social", contudo adverte que "não podemos deixar de ver as raízes da nossa história, da nossa organização cultural, social, económica e demográfica, em que os censos recentes são de uma violência atroz". "Toda a população do município do Funchal, jovem e até os meios jovens, teve uma redução, só aqueles com mais de 65 anos é que aumentaram 5%, só por aqui se vê que é necessária uma resposta de investimento dos jovens, e aqui no CCIF temos um exemplo dessa aposta no investimento dos jovens, na área das tecnologias e da robótica", sublinha.
Cristina Pedra finalizou o discurso reiterando para que "tenhamos o arrojo de ver que erradicar a pobreza é dar condições para poder progredir, essas condições é educar, dar a cana e não o peixe, mas ensinar a pescar".