A Coligação Confiança, oposição na Câmara Municipal do Funchal, destacou esta amanhã, na sequência da reunião autárquica semanal, a prestação de contas do ano de 2022, que, sublinhe-se, será votada para a semana, mas cujos indicadores receberam hoje.
Consubstanciado em vários indicadores numéricos, Miguel Silva Gouveia, fez questão de tecer um comentário aos dados, traçando um cenário que classifica como "desfavorável".
"Na reunião de Câmara desta semana, recebemos a prestação de contas do ano de 2022, que será votada na próxima semana e, numa análise bastante inicial, dá para perceber algumas situações que não são nada favoráveis para o Funchal e para os funchalenses", começou por enquadrar.
Para esse cenário, que entende não ser favorável, contribui "o regresso do aumento de endividamento. Um aumento para 45 ME de dívida que o Município tem, particularmente no aumento de dívida, também, a fornecedores e que sobe em relação ao ano passado. Isto em uma altura em que o comércio e o tecido empresarial precisa de liquidez", sustentou.
"Não abona muito em favor da gestão municipal manter dívidas a fornecedores. Por outro lado, importa salientar que o atual executivo, antes de assumir a gestão da CMF, criticava as receitas do Município do Funchal", recordou.
"Ora, podemos dizer, já com base neste documento, que as receitas aumentaram em 21 milhões de euros de impostos cobrados aos funchalenses. Se, no passado, era criticado o facto de a Câmara ter um conjunto de receitas que permitia um equilíbrio orçamental, neste momento, além de se aumentar o endividamento, ainda se aumenta a cobrança em 21 ME das receitas aos funchalenses. Estas são, pelo menos, duas das medidas que encontramos na prestação de contas que nos deixam preocupados".
Romina Barreto