Face à crescente procura que temos vindo a registar pelos nossos produtos regionais e quando existem, neste momento, oportunidades para reforçarmos o investimento e a inovação nesta área, é fundamental que, no futuro, continuemos a apostar e a reforçar os incentivos, a formação e a maior valorização de quem se dedica a esta produção" afirmou, ontem, o Coordenador do "Compromisso 2030" para as áreas da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Vítor Castro, à margem da primeira reunião de trabalho que juntou algumas das áreas mais representativas deste setor. Uma reunião que serviu para fazer o balanço da atividade, mas, também, para apontar já algumas soluções a curto e médio prazo, antecipando o debate que terá lugar, a 25 de novembro, sobre o tema: "Agricultura, que futuro?"
"Efetivamente, as perspetivas são muito positivas e aquilo que temos a fazer, agora, é criar condições para melhor corresponder a uma procura que se tem vindo a verificar a vários níveis, pelos nossos produtos regionais", explica o Coordenador, que, sublinhando a evolução registada em matéria de qualidade e certificação dos produtos tradicionais, reforça a importância deste Projeto de auscultação "para que todos os intervenientes neste processo e para que toda a sociedade civil possa dar o seu contributo e apresentar as suas sugestões de melhoria", a incluir no próximo Programa de Governo.
"Durante esta primeira reunião, ouvimos, entre outros, os setores do Bordado e do Vime, assim como os representantes das Empresas da área agrícola ligadas à exploração da cana sacarina e à indústria dos lacticínios defender, entre outras prioridades para o futuro, a necessidade de se reforçar a aposta na formação e na inovação, de modo a que, mantendo a nossa identidade, possamos criar novos produtos e requalificar os atuais, conforme, aliás, temos vindo a fazer nos últimos tempos, garantindo, em simultâneo, o envolvimento de novos profissionais nesta cadeia de produção e a disponibilidade de matéria-prima que permita o crescimento", frisa Vítor Castro, sublinhando o extraordinário trabalho que tanto as empresas como os artesãos em nome individual têm vindo a concretizar para salvaguardar e rentabilizar este setor.
Coordenador que, a este propósito, destaca, como exemplo, a crescente afirmação do Rum da Madeira e garante que, neste momento, existem várias manifestações de interesse, por parte de parceiros internacionais, em projetos de requalificação e diversificação dos produtos ligados, por exemplo, aos setores do Bordado e dos Vimes, "que têm enorme potencial e representam uma boa oportunidade de afirmação e expansão destes produtos, no mercado global".