Sandra Moniz, diretora do serviço de oftalmologia do SESARAM, realçou, esta manhã, a importância do Rastreio da Saúde Visual Infantil, que hoje está a ser apresentado e que vai arrancar já em 2023.
"Com este rastreio vamos concretizar mais um dos objetivos do serviço de oftalmologia do SESARAM", começou por enunciar a responsável, que revelou que este rastreio não avançou mais cedo por falta de recursos humanos, já que este serviço conta apenas 9 médicos.
A este propósito, a médica relaxou que na consulta externa passam entre 100 e 150 doentes diariamente, a que se aditam os tempos cirúrgicos no bloco operatório, realizados durante os sete dias da semana.
Só até outubro, aditou, este serviço já realizou 1.850 cirurgias, das quais 1.350 referentes a cataratas.
"Penso que é um serviço que se tem diferenciado muito nos últimos anos", atestou a profissional de saúde, que explanou ainda que a generalidade das doenças respeitantes a esta especialidade são tratadas na Região.
A este propósito recordou também que já está em curso um rastreio de retinopatia diabética, que vai já na sua 10 volta.
Por seu turno, a médica Marta Macedo, responsável por este rastreio, apresentou uma perspetiva clínica e teórica sobre o Rastreio da Saúde Visual Infantil.
Sobre a Ambliopia, doença também conhecida como "olho preguiçoso" e que pode levar a uma perda de visão, não corrigível com óculos.
No entanto, detetado precocemente nos primeiros anos de vida, o seu tratamento apresenta uma taxa de sucesso muito elevada, alertou a profissional.
"O rastreio que pensamos foi cadeado nos estudos existentes e na própria experiência do território nacional", explicou a responsável, que assegurou que este exame vai cobrir todos os concelhos do arquipélago, chegando às crianças com 4 anos completados.
Para este rastreio, são elegíveis duas mil crianças, sendo esperado uma adesão na ordem dos 70%, que depois do exame, se necessário, são encaminhasse para uma consulta de oftalmologia, aclarou.
Edna Baptista