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Chega Madeira diz que dados da criminalidade revelam "inação política do Governo e falta de verdade"

JM-Madeira

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Data de publicação
12 Abril 2023
13:11

"Garantir a paz social e as condições de segurança pública são algumas das principais responsabilidades do governo regional. No entanto, os mais recentes dados APONTAM que a Madeira é das piores zonas do país nesta matéria, revelando uma triste realidade que é bem conhecida dos madeirenses, que, todos os dias, vêem as ruas das suas cidades e localidades invadidas por distúrbios, delinquência, vandalismo e níveis cada vez mais preocupantes de perigo e violência", refere o Chega-Madeira em comunicado.

Para a mesma fonte, "esta é apenas mais uma prova de que o governo regional, e a maioria parlamentar que o apoia, andam a gerir a Causa Pública de forma negligente, projetando para a opinião pública uma imagem de tranquilidade social que não corresponde à verdade dos factos. "

"O Relatório Anual de Segurança Interna revela que, na Região Autónoma da Madeira, a criminalidade aumentou mais de 22%, em relação a 2021, o que se reflete num aumento de 1.247 participações. Mais preocupante, ainda, é o facto da nossa Região liderar o país em termos de criminalidade violenta e grave, parâmetro no qual a Madeira registou um acréscimo de 52%, estando também à frente de outras regiões do país, como Lisboa, Porto ou Faro", aponta Miguel Castro, líder regional do CHEGA.

Na opinião do presidente do CHEGA-Madeira, "os graves problemas que afetam a segurança pública e que são agora confirmados pelo Ministério da Administração Interna deitam por terra o mito que o presidente do governo tenta vender a todo o custo de que a criminalidade na Madeira é residual e que a segurança continua a ser uma imagem de marca do arquipélago. Talvez seja para quem anda com segurança, motorista e passa a vida nos corredores do poder. Para o cidadão comum, a realidade é bem diferente e faria muito bem ao governo andar nas ruas, ouvir as pessoas e perceber as questões que eles enfrentam no seu dia a dia, também em matérias de segurança". Aliás, segundo Miguel Castro, "o presidente do governo diz que gosta de falar em dados objetivos. Ora bem, eles aí estão. E o que os dados objetivos apontam é que a Madeira é a região do país onde a criminalidade mais sobe e onde a criminalidade violenta mais cresce. Há maior demonstração da inépcia do governo do que esta?", questiona.

Para Miguel Castro, alguns dos índices de criminalidade revelados pelo Relatório Anual de Segurança Interna merecem especial atenção. "Todos os tipos de crime são preocupantes, pois contribuem para uma sensação geral de que os problemas não são pontuais, mas fruto do clima de impunidade que está, aos poucos, a tomar conta das comunidades. Dito isto, há três que merecem a nossa especial atenção, nomeadamente a condução sob efeito de álcool, pelas vidas inocentes que coloca em risco; a violência doméstica, porque aprofunda as assimetrias sociais entre mulheres e homens, constituindo uma realidade totalmente inaceitável numa sociedade que se quer justa e moderna; e os crimes de violação, que são uma aberração ética e moral, que temos de condenar nos termos mais fortes da lei, punindo exemplarmente quem pratica esse tipo de atos", revela.

A juntar a isto, Miguel Castro alerta para o facto de que o governo não pode apontar o dedo às forças de segurança, mas tem de assumir as suas responsabilidades neste tema, que tem constantemente ignorado. "Culpar as forças de segurança, quando se sabe muito bem a enorme falta de meios e de recursos à qual estão condenadas é, mais do que uma irresponsabilidade, uma covardia. As forças de segurança ainda muito fazem com o pouco que têm. O que o governo deve perceber é que, há muito tempo, deixou de fazer da segurança pública uma prioridade, e, agora, estamos todos a colher os frutos da incompetência do PSD e do CDS", disse. A concluir, o líder do CHEGA-Madeira observa que "é preciso seriedade na governação e a criminalidade não é algo que se resolva em feiras ou em festas. É preciso trabalho e os madeirenses têm de perguntar se este governo está verdadeiramente interessado em trabalhar", concluiu.

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