O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, acusou os sucessivos governos do PS e do PSD de mentirem sistematicamente às forças de segurança, prometendo valorização e dignidade que nunca se concretizam. As declarações surgem na sequência das afirmações da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, que não garantiu melhorias salariais nem progressões de carreira aos profissionais da PSP e da GNR no orçamento de Estado para 2026.

O parlamentar classificou as negociações que a ministra tem mantido com os sindicatos como “o espelho da falta de vontade política de sucessivos governos”, afirmando que “as forças de segurança foram transformadas num instrumento descartável, usado apenas para propaganda e abandonado quando é hora de lhes dar condições reais de trabalho”.

Francisco Gomes denunciou que, a seu ver, a impunidade está instalada em certos segmentos da sociedade e apontou que “há grupos de cidadãos que se julgam acima da lei, agindo com desprezo pela autoridade do Estado”. Sublinhou, ainda, que a criminalidade está a crescer em Portugal, incluindo a associada a redes internacionais de tráfico e violência, perante polícias sem meios, sem efetivos e sem apoio político.

“Portugal está à beira de um colapso de autoridade e moral pública. O país está a ser entregue à criminalidade e à desordem, enquanto o governo continua a fingir que nada acontece. A verdade é que os polícias estão a ser traídos por um Estado que os esmaga com promessas vazias, salários miseráveis e esquadras degradadas!”

O deputado madeirense garantiu que o Chega levará para a discussão do Orçamento de Estado para 2026 um conjunto de medidas de reforço e valorização das forças de segurança, entre as quais o aumento e extensão do subsídio de risco a todas as forças, o reforço de meios materiais, humanos e tecnológicos, a requalificação das esquadras e postos, a valorização das carreiras, o recrutamento adicional de efetivos e o aumento dos salários.

«É inaceitável que quem nos defende viva no limite da exaustão, do desespero e do esquecimento político. Quem agride um agente da autoridade deve ser severamente punido e quem governa sem defender os polícias deve ser julgado pela História. O CHEGA exige respeito, justiça e meios para quem arrisca a vida todos os dias pela segurança de Portugal”, diz Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.

Com esta posição, o Chega diz reafirmar o seu compromisso com as forças de segurança e com a defesa da autoridade do Estado, exigindo que o governo abandone o que diz ser demagogia, cumpra as suas promessas e ponha fim ao ciclo de desprezo que, na sua opinião, humilha os polícias, os guardas e todos os que defendem os portugueses.