Francisco Gomes, deputado madeirense do CHEGA na Assembleia da República, acusou o governo regional de gerir as listas de espera de forma criminosa e culpabilizou o executivo pelo sofrimento desnecessário de centenas de cidadãos. As observações foram feitas durante a discussão de uma proposta do Chega ao Orçamento de Estado para 2025 que previa a criação de um cheque-saúde para as regiões autónomas.

Segundo a proposta do Chega, o cheque-saúde seria concedido aos utentes sempre que sejam ultrapassados os tempos máximos de resposta garantidos para que possam ter acesso às consultas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica junto do setor privado e social, em tempo útil.

Na discussão, Francisco Gomes realçou o que classificou como contrariedades que, segundo disse, expõe a faceta desumana do governo regional, nomeadamente “um presidente do governo que gasta 12 mil euros por dia em viagens, cinco governantes arguidos e um sistema de tachos, arrogância e compadrio que está instalado.”

“Mais de 4 mil estão à espera de cirurgia, mais de 10 mil à espera de exames e mais de 19 mil à espera de consultas – e tudo isto enquanto o governo enche os bolsos das empresas do regime e pavoneia-se como se a Saúde não estivesse em total colapso”, aponta Francisco Gomes.

Posteriormente, o deputado do Chega apontou para números que, na sua opinião, “deveriam fazer corar de vergonha os governantes madeirenses”, referindo que, segundo sabia, só este ano, já tinham falecido quase 200 madeirenses à espera da cirurgia, ou seja, quase 20 cidadãos por mês.

A concluir, e numa referência indireta à situação política na Região Autónoma da Madeira, Francisco Gomes exultou os deputados do PSD a aprovar a proposta do Chega, antes da queda do governo de Miguel Albuquerque.

“Ajudem os madeirenses. Aprovem esta medida. Façam a diferença, antes que o vosso governo caia. Porque vai mesmo cair e vai cair de podre”, disse ainda o parlamentar.