Numa nota enviada à redação, o CESP- Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outros sindicatos afetos à CGTP e USAM alertam para as consequências nefastas do trabalho precário na vida dos seus profissionais.

"O trabalho precário, mal pago e a falta ou escassas, condições de Saúde e Segurança nos locais de trabalho só contribuem para o emprego inseguro, quer no aspeto da segurança no emprego, quer na proteção da saúde, dai resultando consequências nefastas nas condições da vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores e trabalhadoras", aponta a entidade sindical, destacando que esta é a situação de grande parte dos trabalhadores, como as "ajudantes domiciliarias" e " Ajudantes de Acão directa" do apoio aos idosos e utentes nos lares, ligadas às IPSS e as trabalhadoras das Misericórdias.

Esta é uma situação que o CESP considera que se agravou com a atual pandemia. "Foi aplicado, por sugestão da SRS o aumento da carga horária diária e mais dias seguidos de trabalho. Trabalharam horas extraordinárias e dias de descanso semanal, que para além do redobrado esforço e de prejudicarem a sua saúde, não receberam esse trabalho como extraordinário", pode ler-se na nota enviada.

Neste sentido, estas entidades sindicais ressaltam que "muito é necessário implementar nestes sectores (das trabalhadoras Ajudantes domiciliárias e dos Lares) das IPSS e Misericórdias para melhorar as condições de trabalho, assim como precaver os riscos de doenças e acidentes profissionais".

Mais considerou que a prevenção dos riscos de doenças profissionais é fundamental em todos os locais de trabalho e que é urgente dar visibilidade ao problema das doenças profissionais relacionadas com o trabalho.

"Considera-se assim necessário intensificar a Luta por melhores condições de vida e de trabalho e pelo combate às causas geradoras de doenças e acidentes profissionais). Hoje mesmo, solicitamos à Sr.ª Secretária da Inclusão e Serviços Sociais da RAM agendamento de reunião para expormos os problemas que afectam as das IPSS", avançou.