Arrancou hoje a anunciada greve de 22 dias reivindicada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, tendo como foco o CARAM – Centro de Abate da Madeira.

Nélson Pereira, daquela entidade sindical, garante ao JM que a adesão estará na ordem dos 80%, mas reconhece que pelo menos por agora a afetação na linha de abate será nula, pelo que anseia que o mais rápido possível o tribunal se pronuncie sobre a providencia cautelar entreposta, para evitar os serviços mínimos.

De resto, “não são serviços mínimos, são serviços máximos”, constata o dirigente sindical, registando que “para a linha da frente, foram requisitados pelos serviços mínimos praticamente todos os trabalhadores, menos dois ou três...”, assegurando que os que estão a laborar estão a fazê-lo “contra a sua vontade”.

“Tirando dois ou três que não estão nos serviços mínimos, todo o resto estão, ou seja, em termos gerais, aquilo não é mínimo, aquilo é máximo. Portanto, em termos gerais, se os serviços mínimos vão ser cumpridos, como estão a ser cumpridos, digo eu, não sei, não tem efeito nenhum, porque, entretanto, foram todos convocados para trabalhar...”, conforme a suas palavras, no início da manhã desta terça-feira

Assim, por agora, pese aquele nível de adesão, do universo de trabalhadores, o facto dos da linha de abate terem sido convocados por via desses serviços mínimos, não lhe permite quantificar a quebra de produção, mas tem a certeza de que se o tribunal se pronunciar a favor da providência cautelar, “tudo para”, face aquilo que diz ser o nível geral de insatisfação.

Quanto ao timing de resposta do tribunal, “Aguardamos que seja aqui hoje. Normalmente aquilo não demora mais que 24 horas a responder, mas isso depende muito do juízo, mas à partida, entre 4 e 5 horas, 6 horas, normalmente temos a resposta de uma providência cautelar”, disse.